Autor de triplo homicídio em fazenda acusa testemunha de participação na chacina

Junho Pires, 19 anos, vulgo Nunes, que confessou a autoria de triplo homicídio, ocorrido no final de semana, acusa a testemunha de participação nos crimes. Trata-se de um indígena de 35 anos, que acionou a polícia na tarde de ontem depois de encontrar os corpos já em adiantado estado de decomposição. Este homem, que se […]

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Junho Pires, 19 anos, vulgo Nunes, que confessou a autoria de triplo homicídio, ocorrido no final de semana, acusa a testemunha de participação nos crimes.

Trata-se de um indígena de 35 anos, que acionou a polícia na tarde de ontem depois de encontrar os corpos já em adiantado estado de decomposição. Este homem, que se apresentou como testemunha, deve prestar depoimento mas, de antemão, nega qualquer participação nos homicídios.

O homem que figura como a testemunha, disse que ele, Junho Pires, e os irmãos Lauro e José Arce (os últimos três indígenas da Aldeia Bororó) tinham sido contratados pelo funcionário da fazenda Três Irmãos, Levi do Nascimento, para catar milho que durante a colheita havia escapado da colheitadeira.

O grupo trabalhou durante a semana na área localizada nos fundos do Posto da Capela, a cerca de 4,5 km da BR-163, em Dourados. No final da empreitada, na tarde de sábado passado, resolveram beber cachaça. Houve uma discussão seguida de briga.

O homem que se apresentou como a testemunha contou ontem que fugiu quando iniciou a confusão, por medo de morrer. Mas, na delegacia, o homicida confesso – Junho Pires – desmentiu.

A polícia chegou o local da chacina depois que a suposta testemunha avisou lideranças indígenas que acionaram a Polícia Federal. A Funai foi comunicada e, na delegacia, informou o delegado José Roberto Batistela do caso. Com o apoio de policiais militares da Força Tática, a Polícia Civil esteve no local acompanhado pelo SIG e o perito criminal André Kiyoshi.

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