A produção industrial brasileira subiu 0,3 por cento em julho frente a junho, registrando a segunda alta seguida na comparação mensal, impulsionada principalmente pelo setor de automóveis.

O resultado, que veio acima das estimativas do mercado, sinaliza melhora no segundo semestre embora ainda seja insuficiente para reverter as expectativas de queda no final ano.

Na comparação com julho de 2011, a produção recuou 2,9 por cento, a 11a queda consecutiva nesse tipo de comparação, e no acumulado em 12 meses apresenta queda de 2,5 por cento, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Em junho, o indicador havia mostrado avanço de 0,2 por cento ante o mês anterior, na primeira alta mensal depois de três quedas consecutivas.

“Já existem sinais para acreditar que estamos passando por um ponto de inflexão. Alguns setores estão com desempenho bom e devem favorecer a retomada, principalmente bens de consumo duráveis como automóveis e a linha branca”, destacou o economista da Votorantim Corretora, Alexandre Andrade, creditando o desempenho desses setores às medidas adotadas pelo governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

A indústria brasileira está sofrendo com a crise internacional, e vem sendo foco de preocupação tanto do governo quanto do mercado, sendo apontada como o principal empecilho para uma retomada mais forte da atividade econômica brasileira.

A redução do IPI, adotada pelo governo para estimular o consumo interno e reverter o quadro negativo, contribuiu para a retomada da atividade em julho, com a indústria automobilística crescendo 4,9 por cento em relação a junho, segundo os dados do IBGE.

Apesar do melhor desempenho em julho, os economistas ainda calculam que o setor fechará o ano com forte queda em relação ao desempenho de 2011