Audiência Pública discute mudanças no Código Penal pelo fim da impunidade

Militando junto a famílias que perderam parentes pela violência, a deputada federal Iolanda Keikko Ota, está em Campo Grande junto a outros deputados de uma Frente Parlamentar, onde participa de uma Audiência Pública para discutir mudanças no Código Penal. A comissão já passou por quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rio […]

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Militando junto a famílias que perderam parentes pela violência, a deputada federal Iolanda Keikko Ota, está em Campo Grande junto a outros deputados de uma Frente Parlamentar, onde participa de uma Audiência Pública para discutir mudanças no Código Penal.

A comissão já passou por quatro estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul e propõe como período máximo de prisão de 30 para 50 anos; o aumento da pena mínima para crime de homicídio simples de seis para 10 anos; a elevação de tempo para progressão da pena para o regime semi-aberto e a volta do exame criminológico para concessão de benefícios penais.

Iolanda perdeu o filho há 15 anos, assassinado pelo segurança da família. Ela foi eleita a deputada mais votada em 2010, com 213 mil votos.

Ela conta que abraçou a causa para propor pelo fim da impunidade. “Meu mandato é 100% pela luta contra a violência. É cicatrizando a ferida dos outros, que consigo conviver com a dor da perda do meu filho e consigo seguir adiante com essa frente a nível nacional.”.

A deputada se reuniu com a família do jovem Breno Luigi Silvestrine e conversou sobre a dificuldade de lidar com a perda de um ente pela violência.

Rubens Silvestrini, pai de Breno, revelou que seu filho estaria completando 19 anos hoje e que em três meses que participam do movimento, conseguiram aumentar o número de assinaturas de dois mil para 40 mil. “Resolvemos abraçar a causa pelo fim da impunidade transformando minha dor em ação para ajudar a combater a violência.”.

A mãe de Breno, Lilian Regina, conta que após o choque passou um tempo recolhida e que o rapaz era o caçula entre três irmãos. Ela conta que espera que a violência não bata nunca mais a porta e por isso tomou a atitude de lutar pela causa.

“Como mãe e psicóloga acredito que falta um pouco de educação dentro de casa para reintegrar as famílias. Não consigo aceitar conviver em uma sociedade em que nada seja feito e por isso luto para que a morte de meu filho não tenha sido em vão.”.

O deputado federal Reinaldo Azambuja, disse que assim como esta, existem várias outras propostas na Câmara Federal, inclusive sobre pena de morte e que é necessário a discussão de políticas publicas pensadas para os jovens.

“Hoje em dia não é só retificar e fazer obras. É preciso pensar no cidadão. O congresso nacional é plural e ações como essa é que irão gerar mudanças nas leis. As assinaturas e pressão da sociedade é que vão mudar as leis do nosso país.”.

No período da tarde, o movimento vai colher assinaturas da população na Rua 14 de julho, esquina com Avenida Afonso Pena e contará com a presença da deputada e parlamentares de Brasília.

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