Entre o início e o fim de toda safra da soja, desde o plantio até a colheita, o produtor deve estar atento às adversidades que podem acontecer com sua lavoura. Dentre os principais problemas, estão as pragas, que podem arruinar completamente a produção.

Para isso, deve ser feito um controle baseado nos princípios do manejo de pragas. Tais princípios consistem em tomadas de decisão de controle com base no nível de ataque, no número e tamanho dos insetos-pragas, além da consideração no estágio de desenvolvimento da soja. Todos esses dados são obtidos através de inspeções regulares na lavoura.

O assessor técnico da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS Lucas Galvan, fala como funciona na prática esse sistema: “além de realizar esse manejo durante o desenvolvimento das lavouras, o produtor deve fazer também a rotação de culturas ao longo dos anos/safras na mesma área, pois existem pragas específicas. A partir do momento em que se cultivam vários produtos, e não somente soja e milho, a população dessas pragas diminui justamente pela falta de alimento”.

Baseado nesses fatos, a Fundação MS realizou uma atualização técnica com seus colaboradores, entre pesquisadores e técnicos de todas as unidades de Mato Grosso do Sul. Aproximadamente 20 participantes conheceram novas maneiras de melhorar os serviços oferecidos pela entidade aos produtores sul-mato-grossenses, demonstradas pelo doutor em entomologia pela USP e pesquisador da Embrapa, Crébio José Ávila.

Entre as principais ameaças, estão as lagartas desfolhadoras, percevejos, broca das axilas, tamanduá-da-soja, corós e o percevejo-castanho-da-raiz.

Existem no mercado diversos produtos destinados ao controle das pragas. Mesmo assim, Galvan lembra da importância da rotatividade de culturas: “É fundamental para que a praga não crie resistência a um determinado produto ou princípio ativo, uma vez que estes são utilizados vários anos em seguidamente”.

Lançamento Showtec 2013

Nesta quarta (5), a partir das 9 horas, a Fundação MS assina dois convênios que irão beneficiar os produtores sul-mato-grossenses. O montante dos projetos, no valor de R$ 1 milhão e 200 mil, será destinado ao aprimoramento das pesquisas voltadas às culturas de soja e milho em Mato Grosso do Sul, assim como no aumento da capacidade produtiva estadual. Os estudos serão realizados pela Fundação MS e Fundação Chapadão. O evento acontece no auditório da Famasul, em Campo Grande, e integra a programação de lançamento do Showtec 2013.