Uma parceria entre a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses de Corumbá) levou até o Assentamento rural, São Gabriel, várias atividades aos moradores, sobre a doença de Manejo Ambiental e Leishmaniose, Doença de Chaga e Controle dos Vetores.

As atividades aconteceram no último dia 23, onde foram abordados temas de prevenção e de orientação para os moradores desta região, já que a presença do Triatomíneo (Barbeiro) tem registrado índices altos de aparição.

“Os temas das Palestras são de suma importância, pois levantamentos feito pela CCZ no assentamento São Gabriel, mostrou que a prevalência do vetor principalmente os Triatomíneo (Barbeiro) é alto, o qual poderão causar um surto de doença de Chagas”, diz o coordenador técnico Municipal da Agraer de Corumbá e Médico Veterinário, Rolando Parada Ramirez.

A ação foi realizada com a presença do chefe da Unidade Avançada do Incra do município de Corumbá, Dorival Canavarro do Santo, que atentamente junto com os 30 produtores da região ouviram atentamente as dicas repassadas durante as palestras.

As atividades são de avaliação do índice de infestação por barbeiros em domicílios urbanos e rurais de Corumbá, para adoção de estratégias que culminem com a redução dos casos ocorrentes; prevenir a ocorrência da doença de Chagas na população humana; controlar a expansão populacional dos barbeiros, através de controle mecânico e químico com inseticida (borrifação) nas casas positivas onde o barbeiro for encontrado.

Sobre a doença

A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi, e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo, chupão, procotó, da família dos Reduvídeos (Reduviidae), pertencentes aos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus.

Os sintomas da doença podem variar durante o curso da infecção. Nos primeiros anos, na fase aguda, os sintomas são geralmente lentos, pouco mais do que inchaço nos locais de infecção. À medida que a doença progride, durante até cinquenta anos, os sintomas tornam-se crônicos e graves, tais como insuficiência cardíaca e desordens do sistema digestivo.

Se não tratada, a doença crônica é muitas vezes fatal. Os tratamentos medicamentosos atuais para esta doença são pouco satisfatórios. Os medicamentos tem efeitos colaterais significativos e são, muitas vezes, ineficazes, em especial na fase crônica da doença. Pacientes em estado grave são muitas vezes encaminhados ao transplante cardíaco, porém não há cura para a doença.