Defendendo a prisão perpétua para os criminosos que mataram dois jovens em Campo Grande na semana passada, o vereador Athayde Nery (PPS), vice do candidato a prefeito Reinaldo Azambuja (PSDB) falou durante a sessão desta terça-feira (3), sobre a violência em Campo Grande e solicitou a implantação da “tolerância zero em favor da sociedade e não do bandido”. O assunto gerou manifestação de outros vereadores que engrossaram o debate.

“O cara tem que ter medo de cometer crime. Um dos criminosos já matou outras pessoas e nada foi feito”, apontou Athayde que, ressaltou também, a necessidade de rever a relação do Brasil com a Bolívia e o Paraguai.

“É inaceitável que carros roubados aqui sejam legalizados nesses países”, disse. Segundo investigações da Polícia Civil, a intenção dos cinco bandidos envolvidos no assassinato dos jovens era de roubar o veículo deles para vender na Bolívia em troca de três quilos de cocaína.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB), comentou que a população não se sente segura. “Ninguém se sente seguro. Eu mesmo já tive que desmarcar reunião em bairro por causa de briga entre gangues”.

Segundo Siufi, a população quer uma segurança efetiva, que saia do papel. “Não podemos falar de segurança e de paz, quando crimes como esses acontecem na sociedade”, destacou.

Concordando com a pena máxima para quem comete crime hediondo, o vereador Carlão (PSB) destacou ser contra a pena de morte. “Pena de morte vai matar só inocente e pobre”, frisou.

Na sua manifestação, Athayde solicitou mais debates sobre a questão da segurança na Capital e disse ser necessário a implantação da tolerância zero em favor da sociedade e não dos bandidos. “Todos os campo-grandenses foram alvejados com a morte desses dois rapazes. O poder público deve atuar contra a violência para uma cidade em prol de todos”, analisou.

Apontando que a porta de entrada para muitos crimes tem sido as drogas, o vereador Alex (PT) disse ser necessária uma política de segurança séria e a implantação de um sistema contra drogas eficiente.

“Precisamos debater a questão da violência e de como podemos proteger nossas famílias, nossa cidade”, finalizou.