Após um ano da primeira tentativa, Figueira é derrubada no centro de Dourados
A “Figueira” existente na avenida Weimar Torres, em frente ao Douranews, vai ao chão, agora com autorização renovada da secretária Valdenise Carbonari, da Semma (Secretaria municipal de Meio Ambiente). Os trabalhos de corte foram iniciados na madrugada desta sexta-feira (2), um ano e um mês depois da primeira tentativa que acabou abortada em função da […]
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A “Figueira” existente na avenida Weimar Torres, em frente ao Douranews, vai ao chão, agora com autorização renovada da secretária Valdenise Carbonari, da Semma (Secretaria municipal de Meio Ambiente). Os trabalhos de corte foram iniciados na madrugada desta sexta-feira (2), um ano e um mês depois da primeira tentativa que acabou abortada em função da mobilização de estudante e ambientalistas, em setembro do ano passado.
O advogado Hermes Maciel, que representa o grupo controlado pelo empresário Nivaldo de Souza Morais, interessado em edificar um imóvel na área, acompanha pessoalmente o trabalho dos homens que conduzem a poda, inicialmente dos galhos que já estavam brotando depois do primeiro corte. “Depois vamos trazer a máquina para arrancar a raiz e retirar os tocos, para, aí sim, podermos construir”, disse Hermes ao Douranews.
Ao contrário da primeira tentativa, a renovação de autorização para a retirada da árvore, expedida pela Semma, informa agora, no item 5 do documento apresentado pelo advogado, que “parecer datado de 17 de outubro de 2011”, elaborado pela Funced (Fundação Cultural de Dourados), “informa que não existe nenhum registro de tombamento pelo Patrimônio Histórico Cultural e Ambiental do município” em relação à árvore.
A exemplo do primeiro entendimento para a derrubada da árvore, que o documento reafirma ser mesmo da espécie “Figueira” (Ficus elástica), as medidas compensatórias continuam prevalecendo no mesmo patamar do ano passado. O Imam (Instituto Municipal do Meio Ambiente) recebeu, em doação, um aparelho GPS da marca Garmin, modelo Etrex Vista HCX e dois computadores.
Polêmica No ano passado, manifestantes ‘ocuparam’ os galhos das árvores após a primeira tentativa de corte, ocorrida no dia 21 de setembro. Depois disso, mesmo tendo autorização para a poda, o grupo empresarial acabou abdicando da ideia, inclusive porque não havia protocolado o devido projeto arquitetônico junto ao pedido de corte.
A campanha para preservação da árvore ganhou a adesão do então promotor da Vara do Meio Ambiente, Paulo Zeni, e historiadores, geógrafos e entidades sindicais chegaram a promover uma campanha que acabou resultando no estudo de caso de outras espécies ameaçadas de poda e até mesmo de cair, em função das condições de muitas árvores consideradas ‘velhas’ em outros pontos da cidade.
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