Final de semana tranquilo nos postos de combustíveis de Corumbá. Ao contrário do que ocorreu durante a semana, quando condutores de veículos enfrentaram falta de gasolina e álcool e tiveram de ir para as filas para poder abastecer. “Só teremos certeza se a situação normalizou em relação ao abastecimento nesta segunda-feira, quando as pessoas voltam às suas atividades normais. No sábado e domingo, não faltou gasolina em nossa rede. Mas quinta e sexta-feira, onde encontravam combustível, os condutores enchiam os tanques dos veículos para o fim de semana”, explicou ao Diário, João Luiz Ribeiro, proprietário do posto de combustível da bandeira Taurus.
 
Ele ressaltou que seu estoque de final de semana deve durar até a tarde desta segunda, 30 de julho, quando novo carregamento irá chegar. “A gasolina acredito que não deva mais faltar, mas a bandeira com a qual trabalhamos, informou que pode haver falta de diesel. Apesar de a carga de gasolina estar encomendada, tenho receio de que ela não chegue, como ocorreu no começo da semana passada”, salientou.
 
Em outro posto, da bandeira BR, não tinha gasolina no sábado à tarde, porém, à noite, as bombas foram abastecidas. “Não houve mais filas e ao que parece, está tudo voltando à normalidade”, disse o gerente, Péricles da Costa.
 
Os condutores que abasteceram os veículos neste domingo demonstravam alívio. “Foi uma situação de caos no meio da semana, só se falava nisso. Mas no sábado e domingo, foi bem mais calmo. Fui a dois postos diferentes e não encontrei mais fila, nem desespero”, relatou a motociclista Vânia Gonçalves, 31 anos.

A falta do combustível na cidade foi atribuída ao problema de transporte entre a distribuidora BR Petrobras, em Paulínia, e a distribuidora regional, em Campo Grande. Em Mato Grosso do Sul, a única região que não foi atingida foi a de Três Lagoas. A expectativa é que a distribuição de combustível para o interior seja normalizada até esta terça-feira, 31 de julho.
 
Caos
 
Em todas as unidades de abastecimento de Corumbá faltou gasolina e também o etanol. Filas se formaram e vários condutores chegaram a dormir em algumas delas para garantir o abastecimento.
 
“O caminhão de combustível chegava em nosso pátio e em algumas horas as bombas estavam esvaziadas, mesmo recebendo carregamento todos os dias. O nosso sistema de trabalho foi alterado, a escala de serviço dos funcionários também. Tivemos que dar prioridade para órgãos públicos conveniados, pois são setores que realizam serviços públicos que são as polícias, ambulâncias e Corpo de Bombeiros.

Também tivemos casos de pessoas querendo comprar gasolina a mais para revender, por isso evitamos vender combustível para quem aparecia no posto com reservatórios. A situação foi de muita aflição, mas acreditamos que tudo se resolva nesta semana”, finalizou o empresário João Luiz.