Após acordo com o governo, PM e bombeiros do CE encerram greve
Após seis dias parados, policiais militares e bombeiros cearenses decidiram em assembleia que terminou na madrugada desta quarta-feira aceitar a proposta do governo do Estado e encerrar a greve. “As atividades serão completamente retomadas até à 0h de amanhã”, disse Francisco Rogério Rodrigues, secretário-geral da Associação de Cabos e Soldados Militares do Ceará. O acordo inclu…
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Após seis dias parados, policiais militares e bombeiros cearenses decidiram em assembleia que terminou na madrugada desta quarta-feira aceitar a proposta do governo do Estado e encerrar a greve.
“As atividades serão completamente retomadas até à 0h de amanhã”, disse Francisco Rogério Rodrigues, secretário-geral da Associação de Cabos e Soldados Militares do Ceará.
O acordo incluiu um reajuste de 56%, deixando o salário em R$ 2.634, e uma redução na jornada de trabalho de 46 para 40 horas semanais, além da implantação de um auxílio-alimentação de R$ 10 por dia (os policiais militares não recebiam nada até então, só os civis). Também ficou combinado que nenhum dos policiais ou bombeiros que participaram das paralisações serão punidos.
Rodrigues explicou que ainda ficou acordada a extinção do atual código disciplinar a que são submetidos os policiais militares do Ceará, por conter artigos que são inconstitucionais, e a sua substituição por um novo código de ética que contenha dispositivos que combatam o assédio moral.
A greve da Polícia Militar e dos bombeiros gerou pânico na capital cearense. Nesta terça, estabelecimentos comerciais de Fortaleza foram fechados devido ao temor de arrastões, assim como órgãos públicos, como o Tribunal de Justiça do Ceará.
Polícia Civil
No fim da noite desta terça-feira (3), o sindicato que representa os policiais civis do Ceará decidiu convocar uma nova paralisação. Em nota, o Sinpoci (Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará) afirmou que decidiu “radicalizar” por considerar que vem “sendo enganado” pelo governo de Cid Gomes (PSB).
A paralisação da Polícia Civil é a terceira registrada em menos de um ano. O sindicato da categoria já havia promovido greves em julho e em outubro de 2011.
Na primeira paralisação, os grevistas haviam suspendido a greve após um mês. Já a greve de outubro só terminou em dezembro, após a Justiça considerar a greve ilegal e determinar que os grevistas suspendessem a paralisação. Ainda assim, desde dezembro apenas 30% do efetivo da Polícia Civil, o mínimo exigido pela Justiça, estava trabalhando.
Segundo o sindicato, a categoria quer a redução da carga horária de oito para seis horas diárias, reajuste salarial e o pagamento de um subsídio equivalente a cerca de 60% do valor pago aos delegados de polícia do Estado.
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