Antiga dívida com fornecedor pode levar prédio do Hospital de Corumbá a leilão
Uma antiga dívida com fornecedores pode levar o Hospital de Corumbá a perder o prédio onde, hoje, estão instalados 40 leitos para atendimento pediátrico. A estrutura localizada na rua 7 de Setembro, foi avaliada, segundo os documentos judiciais, em R$ 1.140.000,00 através de uma carta de penhora recebida pela Junta Interventora do Hospital. A ação […]
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Uma antiga dívida com fornecedores pode levar o Hospital de Corumbá a perder o prédio onde, hoje, estão instalados 40 leitos para atendimento pediátrico. A estrutura localizada na rua 7 de Setembro, foi avaliada, segundo os documentos judiciais, em R$ 1.140.000,00 através de uma carta de penhora recebida pela Junta Interventora do Hospital.
A ação tramita na 2ª Vara Cível da Comarca de Corumbá desde 1995, mas em 2010 tentou-se chegar a um acordo, segundo o presidente em exercício da Junta Interventora do Hospital de Corumbá, Eduardo Pacheco Lasmar. “A dívida foi decretada em 2001 e, em 2010, quando foi feita a intervenção pública no Hospital, fizemos um contato com a empresa e parece que não houve interesse por parte dela no acordo”, disse o presidente, lembrando que, em vezes anteriores, quem buscou esse acordo foi a própria empresa. “Não tiveram mais interesse porque tentaram tanto antes”, revelou.
A empresa que busca na justiça receber pelo fornecimento de oxigênio é a White Martins Gases Industriais S.A. A dívida é mais uma das “heranças” de antigas gestões, segundo Eduardo Lasmar e agora a Prefeitura busca repetir uma ação que já foi realizada em outras ocasiões.
“Estamos vendo a possibilidade de fazer uma desapropriação como já foi feito com outros terrenos da Santa Casa pela Prefeitura, para não perder para dívidas antigas, que não são poucas. Estamos avaliando essa possibilidade”, disse ao adiantar que na manhã desta terça-feira, 19 de junho, uma reunião entre o setor jurídico da Prefeitura com a Junta Interventora deve definir qual medida será tomada.
“Vamos primeiro tentar desapropriar e ver como podemos pagar isso. A gente tem que pensar em não perder (o prédio). Será mais uma dívida de mais de milhão de reais que vamos ter que assumir”, disse o presidente. Ele lembra que perder o prédio da pediatria do Hospital de Corumbá traz prejuízo não somente aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), mas também a todos aqueles que se utilizam de convênios e particulares.
“Já temos poucas vagas no Hospital e teríamos que colocar a pediatria em outros setores. Isso seria um prejuízo não somente para o setor de internação, mas para a população por ser uma área nova com poucos anos de construção”, falou ao lembrar que a estrutura é uma das mais novas de todo o complexo ligado à unidade de saúde e que foi construído e doado ao hospital pelo empresário José Carlos Bumlai.
Eduardo Lasmar destacou que, visando não haver perdas futuras, o espaço entre o Centro Cirúrgico e o CTI (Centro de Terapia Intensiva), localizados na rua Colombo, onde está prevista a instalação da UTI Neonatal já passou pelo processo de desapropriação. “Justamente para não corrermos o risco de construirmos e depois vir uma dívida antiga e juridicamente ser tomado”, concluiu.
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