A exemplo dos seus últimos quatro jogos – dois pelo Estadual e dois pela Copa do Brasil –, o Cruzeiro saiu atrás do marcador contra o América-MG, na noite deste domingo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.  A diferença é que nas partidas anteriores o time celeste conseguiu reagir e pelo menos buscou o empate, mas, dessa vez, não teve forças e foi derrotado, por 3 a 2,  pela equipe americana, que ainda desperdiçou pênalti e teve bola na trave. De quebra, o time alviverde quebrou uma invencibilidade cruzeirense, na temporada, que durava 13 partidas.

O prejuízo celeste, no entanto, não foi maior porque o time, que perdia por 3 a 0, até os 40 minutos da etapa final, conseguiu dois gols, marcados por Bobô e Rger, este último aos 44 min. Com esse resultado, o América-MG tomou a vantagem que era do Cruzeiro, por ter feito melhor campanha na fase de classificação, e poderá se garantir na final do Campeonato Mineiro, com um empate, no próximo domingo. Para poder decidir o título, contra o vencedor de Atlético-MG e Tupi, que fazem o outro confronto das semifinais, a equipe de Vágner Mancini precisa vencer por diferença simples.

O Cruzeiro sentiu os três desfalques, dois deles de última hora: o meia Montillo e o atacante Wallyson, ambos com dores musculares. A terceira ausência foi Washington Paulista, que cumpriu suspensão. Vágner Mancini mudou o esquema, abrindo mão dos três atacantes, e armando a equipe no 4-4-2, com as entradas dos meias Roger e Élber e do atacante Walter.

Já pelo lado do América-MG, o técnico Givanildo Oliveira optou por três volantes, com Dudu, que era dúvida, atuando ao lado de Leandro Ferreira e Moisés. Com a bola rolando a alegria foi toda americana. Antes da partida, o mandante viu a torcida celeste fazer festa, para comemorar título da Superliga Masculina de Vôlei, conquistado sábado pelo Sada/Cruzeiro, que venceu o Vôlei Futuro, por 3 a 1.

O primeiro tempo começou em ritmo intenso e jogado com grande velocidade. A bola não parava. O Cruzeiro iniciou melhor, criando as principais chances de gols dos minutos iniciais. Logo aos 2 min, Roger lançou o jovem Élber pela direita, que cruzou. A bola passou na área americana, mas nenhum jogador celeste conseguiu finalizar. Outra chance, aos 5 min, Élber faz boa jogada individual, recebe falta, mas a bola chega para Anselmo Ramon, que finaliza com enorme perigo.

O América-MG demonstrava nervosismo. O time era afoito na chegada ao ataque. Aos poucos, no entanto, o alviverde foi colocando a cabeça no lugar e começou a ameaçar o gol de Fábio. Aos 18 min, o mandante do jogo, criou a primeira chance, quando Moisés chegou a passar pelo goleiro cruzeirense, mas perdeu o ângulo para finalizar e tentou o cruzamento. Cinco minutos depois, no entanto, a equipe americana abriu o marcador, por meio de Gabriel, de cabeça, aproveitando cobrança de falta de Pará.

“É uma jogada que treino bastante, tentando sempre aprimorar a qualidade que eu tenho que é o cabeceio e tenho estatura boa, o que facilita. A gente analisa a equipe adversária para saber aonde eles não marcam e fui feliz”, explicou Gabriel, autor do único gol do primeiro tempo. Em desvantagem no placar, o Cruzeiro tentou reagir ainda na etapa inicial, mas não conseguiu voltar a criar tantas chances como no começo da partida.

O goleiro Fábio não reprovou a atuação do time celeste no 1º tempo, mas criticou o descuido que gerou gol do adversário em bola parada. “A equipe estava até bem, mas não poderia ter tomado gol em bola parada. A gente treina bastante, infelizmente a gente deixou o jogador cabecear. A equipe está até jogando bem, acho que o Walter tem que tocar mais rápido a bola, está tentando segurar muito e aí para um pouco as jogadas”, analisou.

O segundo tempo mal começou e o América fez 2 a 0, com gol de Rodriguinho, aos 27 segundos. Aos 5 min, Fábio Júnior desperdiçou a cobrança de pênalti, sofrido por ele mesmo e cometido por Thiago Carvalho, em lance muito reclamado pelos jogadores cruzeirenses. O goleiro Fábio fez a defesa e dois minutos depois viu a trave salvá-lo.

Atordoado em campo, o Cruzeiro apenas assistia o América, que, no entanto, não conseguia ampliar a vantagem no marcador, desperdiçando seguidas chances. O técnico Vágner Mancini fez logo duas mudanças, colocando Amaral e Fábio Lopes nos lugares de Marcos e Walter, que deixaram o gramado sob vaias.

O pênalti defendido por Fábio e as mudanças promovidas por Mancini deram novo ânimo ao Cruzeiro, que partiu para o ataque, na tentativa de sua quinta reação consecutiva e teve chances para isso. O goleiro Neneca fez defesas importantes, que ajudaram a garantir o triunfo americano. E o mandante ainda aumentou a vantagem. Aos 30 min, Bruno Menguel, na esquerda, cruza e Alessandro, livre, cabeceia e faz o terceiro.

O Cruzeiro não desistiu de procurar o seu gol e conseguiu reduzir a diferença, aos 40 minutos, quando Roger chutou de longe, Neneca deu rebote e Bobô colocou a bola nas redes. Roger ainda fez mais um, aos 44 min e recolocou o Cruzeiro no páreo. O time cruzeirense ainda teve oportunidades