Aliados de Cachoeira ficam em silêncio na CPI

Em depoimento à CPMI do Cachoeira, que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos com agentes públicos e privados, o ex-vereador Wladimir Garcez afirmou que não é criminoso e foi envolvido na suposta organização criminosa comandada por Cachoeira indevidamente, a partir de gravações “montadas” pela Polícia Federal (PF). A PF concluiu por seu envolvimento […]

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Em depoimento à CPMI do Cachoeira, que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos com agentes públicos e privados, o ex-vereador Wladimir Garcez afirmou que não é criminoso e foi envolvido na suposta organização criminosa comandada por Cachoeira indevidamente, a partir de gravações “montadas” pela Polícia Federal (PF). A PF concluiu por seu envolvimento no esquema a partir de diálogos mantidos por ele com diversas pessoas quando era assessor de Cachoeira e do ex-diretor regional da empresa Delta no Centro-Oeste, Claudio Abreu, ambos presos.

Em seu depoimento, Garcez afirmou que é amigo de diversas autoridades como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o governador de Goiás, Marconi Perillo; o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia; e até o ex-governador de São Paulo, Mário Covas, já falecido.

Disse ainda que embora não sejam amigos, o senador Paulo Paim (PT-RS) ficou hospedado em uma casa de campo dele durante uma viagem. Garcez afirmou ainda que fez a campanha do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meireles.

Após expor sua argumentação por mais de 20 minutos, Garcez anunciou que não responderia às perguntas dos parlamentares, alegando que não produzirá provas contra si próprio. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), queria prosseguir o questionamento. “Não podemos fazer que a CPMI seja espaço para que indiciados façam sua defesa e depois não podemos questionar nada. Se o depoente não disser nada, vamos respeitar, mas se usar o espaço para se defender, tem que continuar ouvindo”, declarou Cunha.

Segundo depoente do dia, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, também ficou em silêncio. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) resolveu encerrar o depoimento dele e chamar o próximo depoente, Jairo Martins de Souza. O advogado de Jairo, que também defende Dadá, já havia adiantado, porém, que Jairo também deveria se manter calado.

Foi o que aconteceu. Jairo afirmou que não responderia às questões dos parlamentares da comissão. Ele era o último depoente marcado para hoje e também usou o argumento de que a Constituição lhe dá o direito de não produzir provas contra si próprio.

 

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