Aliado de Chávez pede união contra pressão da oposição

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, disse neste sábado que o povo deve estar unido caso o presidente reeleito Hugo Chávez não possa tomar posse em 10 de janeiro e a oposição faça pressão para convocar eleições nos 30 dias seguintes como orienta a Constituição. “O dia 10 de janeiro não decreta […]

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, disse neste sábado que o povo deve estar unido caso o presidente reeleito Hugo Chávez não possa tomar posse em 10 de janeiro e a oposição faça pressão para convocar eleições nos 30 dias seguintes como orienta a Constituição.

“O dia 10 de janeiro não decreta a falta absoluta do presidente. O que querem eles? Falta absoluta, para que se convoquem eleições em 30 dias, por isso o povo tem que estar unido junto ao comandante”, disse Cabello, durante ato político transmitido pela emissora estatal venezuelana “VTV”.

O chefe de Estado venezuelano, que foi reeleito no pleito de 7 de outubro e deve assumir o novo mandato no próximo 10 de janeiro segundo a Constituição, permanece em Cuba após ser operado no início deste mês em Havana devido a uma recaída no câncer, diagnosticado em julho de 2011.

“E o que ocorreu no dia 7 de outubro, quando o povo decidiu que seu presidente era Hugo Chávez? O que fazemos com a vontade do povo?”, indagou Cabello, quem também é vice-presidente governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Cabello, que assumiria a chefia de Estado no caso de falta absoluta do líder interino, pediu aos chavistas para que demonstrem “à burguesia”, que o povo está unido, que são maioria e contam com o apoio das Forças Armadas.

“Ninguém pode ter dúvidas disso, todos que estamos com Chávez, nas horas boas e nas más, temos que acompanhar a decisão do presidente Chávez e ajudar o camarada Nicolás Maduro se necessário”, pediu.

Ao informar em 8 de dezembro sobre o reaparecimento do câncer e a necessidade de se submeter a uma quarta intervenção cirúrgica em 18 meses, Chávez nomeou Maduro como seu sucessor político caso seja impedido de assumir um novo mandato em 10 de janeiro.

Horas antes da viagem do vice-presidente, a oposição venezuelana pediu que seja divulgado o relatório médico de Chávez, para determinar se é aplicável a falta temporária do governante, que, segundo a Constituição, é de 90 dias renováveis por igual período, ou a ausência absoluta, que obriga a convocação de eleições em um prazo de 30 dias.

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