A agropecuária foi responsável por agregar R$ 171,1 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2010, superando em R$ 13,9 bi o resultado alcançado em 2009 (R$ 157,2 bilhões). Os dados fazem parte da pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2010, divulgada nesta quarta-feira (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, os produtos que tiveram as maiores altas em valores foram: café (34,4%), laranja (28,3%), mandioca (23,7%), banana (19,9%), algodão (19,4%) e cana-de-açúcar (14,9%).

De acordo com o estudo, as riquezas geradas no campo estão concentradas em seis Estados, que somados respondem por 60,9% do PIB agropecuário. Em primeiro lugar, aparece Minas Gerais, responsável por 15,2% do total nacional, seguido por São Paulo (11,3%), pelo Rio Grande do Sul (11,1%), pelo Paraná (9,3%) e por Goiás (7%). O sexto colocado é o Estado de Mato Grosso, com 6,9% do PIB agropecuário brasileiro.

Se forem considerados os dez maiores Estados em renda agropecuária, chega-se a 79,1% do total. Em sétimo lugar está a Bahia, que responde por 5,7%, seguida por Santa Catarina (5,1%), pelo Maranhão (4,1%) e por Mato Grosso do Sul (3,4%).

Municípios

Entre os principais municípios com produção agropecuária, a pesquisa do IBGE destaca Cristalina (GO), como a cidade que mais gerou renda no setor em 2010. O valor bruto da produção agrícola do município goiano chegou a R$ 624,1 milhões, o que fez Cristalina saltar do 11º lugar em 2009 para o topo da lista em 2010.

A valorização dos preços dos principais produtos cultivados no município, especialmente café, trigo, feijão e alho, foi o principal fator para a ascensão de Cristalina no ranking do IBGE.

Em segundo lugar ficou Petrolina (PE), com R$ 620,4 milhões, que foi o maior produtor nacional de uva, goiaba e manga, em valor de produção, no ano. A seguir veio São Desidério (BA), o maior produtor de algodão herbáceo do País, com R$ 559,6 milhões.