Produzir mais com menos. Essa é a frase que define o atual estágio da agricultura brasileira, que vive um momento significativo com a inclusão cada vez maior da tecnologia na rotina das propriedades rurais. Nesse cenário, ganha destaque a agricultura de precisão, que permite o aumento da produtividade a partir da otimização dos recursos existentes. O desafio, no entanto, é disponibilizar essa tecnologia também aos pequenos e médios produtores, defendeu na última quarta-feira (03-10) o presidente da Stara – Indústria de Implementos Agrícolas, Gilson Trennepohl, durante sua palestra no Tá na Mesa da Federasul.

Com sede no município de Não-Me-Toque, a Stara criou há 12 anos um projeto de agricultura de precisão – o Aquarius, o primeiro no país. Nesse período, alcançou uma produtividade 60% maior em relação à média das lavouras gaúchas, de acordo com Trennepohl. “Temos que crescer a produção verticalmente, o que significa produzir mais na mesma área”, afirmou o empresário.

Trennepoh enfatizou que os benefícios da agricultura de precisão precisam ser difundidos independentemente do tamanho da propriedade rural. A tecnologia permite a distribuição dos insumos em taxas variadas no solo, a partir de um mapeamento prévio. Com o auxílio de sensores de rendimento, é possível saber quais as áreas com melhor rendimento. Os produtores são orientados sobre a melhor maneira de plantar, o que evita o desperdício de fertilizantes, otimiza a colheita e, consequentemente, proporciona sustentabilidade e competitividade ao agronegócio brasileiro.

Para 2012, a expectativa é de que a Stara – empresa familiar e 100% de capital nacional – alcance um faturamento de R$ 680 milhões, valor 20% superior ao registrado no ano passado. Até 2017, deverá somar R$ 250 milhões em investimentos. Com 2.165 colaboradores, a empresa, que completou 52 anos de fundação em agosto, comercializa seus produtos para 35 países.