Os advogados dos ex-gestores do Banco Rural pretendem entregar nesta terça-feira mais um memorial aos ministros doo Supremo Tribunal Federal (STF) tentando reforçar a defesa deles no julgamento do mensalão. O memorial tem função apenas de relembrar aos ministros os principais elementos da defesa.

No documento, os advogados pretendem desconstruir a tese do relator do processo, Joaquim Barbosa, de que os ex-diretores do Banco Rural Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório autorizaram de forma deliberada empréstimos ao PT com o intuito de irrigar o suposto esquema de Marcos Valério. Barbosa afirma que vários dos empréstimos às empresas de Marcos Valério foram fictícios.

Segundo o advogado de Kátia Rabelo, José Carlos Dias, o memorial será curto, com cerca de três páginas, ratificando que os laudos da Polícia Federal (PF) confirmam a legitimidade de todos os empréstimos dados ao PT e às empresas de Marcos Valério. “Temos que trabalhar o processo como os mantras”, disse Dias.

“O empréstimo do PT foi pago, como é fictício”, ratificou Márcio Thomaz Bastos, advogado de Jose Roberto Salgado. Segundo a defesa de Salgado, o PT pagou cerca de R$ 10 milhões por um empréstimo de R$ 3 milhões contraído pelo partido em 2003.