Adesão de professores chega a 90% em segundo dia de greve
A categoria continua a exigir o cumprimento de 1/3 da hora aula, aumento de 5,2% para 10% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional para investimento em educação e aprovação da PNE (Plano Nacional de Educação), entre outras reivindicações.
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A categoria continua a exigir o cumprimento de 1/3 da hora aula, aumento de 5,2% para 10% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional para investimento em educação e aprovação da PNE (Plano Nacional de Educação), entre outras reivindicações.
Em seu segundo dia de greve, cerca de 10 mil professores de Mato Grosso do Sul, segundo a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), realizam uma passeata pelas ruas centrais da Capital. “Ontem a adesão foi em torno de 85% e hoje passa de 90%”, afirma o presidente da Fetems, Roberto Magno Botareli.
A categoria continua a exigir o cumprimento de 1/3 da hora aula (lei 11.738, já julgada e aprovada como constitucional pelo STJ – Superior Tribunal de Justiça), aumento de 5,2% para 10% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional para investimento em educação e aprovação da PNE (Plano Nacional de Educação), entre outras reivindicações.
“Além da passeata, que mostra a população o motivo da nossa paralisação, uma Comissão de Educação vai tentar agendar ainda hoje (15), uma reunião com o governador do Estado, para discutir o piso de Campo Grande e dos 15 municípios do interior que já recebem na íntegra”, explica o presidente da Fetems.
Outra reivindicação, segundo Botareli, é de que 1,7 mil professores foram convocados este ano, além da criação da categoria de coordenador de matéria, o que teria prejudicado a classe.
“Se, ao invés de aumentarem em 25% o quadro de professores eles aplicassem em investimentos, como às 12 horas para planejamento, a educação teria mais qualidade, tanto para os alunos quanto para os professores e menos seriam contratados”, avalia o presidente da Fetems.
Equivalente aos médicos, engenheiros e advogados, os professores também exigem plano de carreira e aumento anual no piso salarial. “Estamos recuperando o piso anual com reajustes. No ano passado o piso subiu para 17% e este ano aumentou para 22,21%, mais do que o aumento de 14% do salário mínimo”, diz o presidente da Fetems.
Após a passeata, que percorre as ruas 14 de julho, Cândido Mariano, 13 de Maio e Barão do Rio Branco, a categoria, que promete a chegada de 55 ônibus e Vans do interior de MS, seguirá para a Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), com o intuito de agendar um debate para discutir questões referente a melhorias na educação.
Licença Médica
Parceiro da classe, o deputado estadual Pedro Kemp (PT), acompanha os profissionais e afirma que a implementação da hora aula é essencial para a qualidade do ensino.
“O que a categoria aqui reivindica é algo que o Estado e os municípios têm condições de implantar. É inadmissível aceitar que os professores continuem chegando em suas casas com 400 provas para corrigir e ainda tendo que planejar aulas. Se o 1/3 da hora aula for implantado, o número de licenças médicas vai diminuir e o ganho para a educação será relevante”, afirma o deputado Kemp.
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