De acordo com os dois rapazes, no dia 29 de setembro, eles foram até a loja e quando estavam no local onde ficam celulares foram abordados por uma mulher trajando uniforme da loja questionando onde estava o chocolate furtado

Fábio Augusto de Almeida, 20 anos, e Alessandro do Nascimento Barboza, 30, moveram ações individuais pedindo reparação por danos morais por constrangimento público dentro da unidade das Lojas Americanas, da Rua 14 de Julho. Depois disso, os advogados Higor Utinói de Oliveira e Frank Lima Perez ingressaram com uma ação pedindo reparação por calúnia.

De acordo com os dois rapazes, no dia 29 de setembro desse ano, após saírem da empresa que trabalham, foram até a Lojas Americanas, localizada na Rua 14 de Julho, na intenção de comprar um DVD, mas não encontraram o que queriam. Depois seguiram para o departamento de chocolates, mas também não escolheram nada. Quando estavam no local onde ficam celulares foram abordados por uma mulher trajando uniforme da loja que os questionou onde estava o chocolate furtado.

Fábio e Alessandro dizem que quando foram abordados dentro da loja outros clientes viram e pararam para ver o que acontecia.

“Ela veio pro meu lado e já perguntou cadê o chocolate, mas tanto eu quanto o meu amigo explicamos que não tínhamos pegado nada”, disse Fábio. Os rapazes afirmam que foram levados para uma sala reservada, onde foram novamente questionados pela funcionária e por um segurança.

Quando foram ‘convidados’ a seguir para a sala reservada, Alessandro diz que na hora se recordou da agressão física que um segurança sofreu na lojas Americanas localizada na unidade Dom Aquino. “Eu já avisei que ia filmar tudo porque se acontecesse o mesmo com a gente, tínhamos provas contra eles”, disse o rapaz à reportagem.

Dentro da sala reservada, Fábio e Alessandro afirmam que foram obrigados a levantar a camisa até a altura do peito, retiram todos os objetos que tinham nos bolsos e ainda tiveram que arregaçar as barras das calças, para ver se o chocolate caía. Depois de observar que não havia nada, a funcionário e o segurança liberaram os dois.

“Eu ainda fui atrás dela depois dentro da loja pra perguntar se ela era alguma gerente e o nome, mas ela só respondeu: “não sou nada, não”, diz Alessandro.

Depois do fato, no dia 2 de outubro, Fábio e Alessandro entraram com ações individuais contra a Lojas americanas, no juizado central, por danos morais. Uma primeira audiência já aconteceu e os representantes da empresa tentaram um acordo oferecendo R$ 500,00.

“Se ofereceram um acordo é porque já assumem o erro, mas o valor é insignificante diante do que aconteceu”, diz o advogado Higor que junto com Frank orientou os dois rapazes a fazerem um boletim de por calúnia, isso para entrarem com uma ação penal.

Questionados porque não fizeram um boletim de ocorrência sobre o logo depois do fato, o advogado explicou que para uma ação civil isso não é necessário, apenas para a criminal. Além disso, diz, seus clientes acreditavam que o vídeo de Alessandro poderia ajudá-los, mas por descuido foi apagado do celular. Outro álibi que teriam era o vídeo da própria loja, mas somente por meio da Justiça e ação criminal ele pode ser requisitado para constar no processo.