Acontece nesta sexta-feira mobilizações pela Saída das Tropas do Haiti
Nesta sexta-feira, 1º de junho, dia em que as tropas internacionais da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah) completam oito anos de ocupação neste país, diversas organizações e movimentos sociais estão se mobilizando em todo o mundo para reclamar a saída dos militares. Porto Rico, Brasil e México são alguns dos […]
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Nesta sexta-feira, 1º de junho, dia em que as tropas internacionais da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (Minustah) completam oito anos de ocupação neste país, diversas organizações e movimentos sociais estão se mobilizando em todo o mundo para reclamar a saída dos militares. Porto Rico, Brasil e México são alguns dos países onde devem acontecer atos e manifestações pacíficas.
Em Porto Rico, a Jornada Internacional de Solidariedade e Mobilização pela Saída das Tropas do Haiti vai unir o Grito dos Excluídos e Excluídas, o Comitê Pró-Infância Dominico-Haitiana e o Projeto Caribenho de Justiça e Paz para reivindicar, além da saída imediata das tropas, indenização para vítimas do cólera – doença espalhada pelos militares – e para vítimas de abusos e violações praticadas pela Minustah.
Em convocatória internacional para a Jornada, as organizações e movimentos porto-riquenhos denunciam que os principais resultados da ocupação militar foram violações de direitos humanos, a epidemia de cólera e o fortalecimento de uma agenda de interesses totalmente distintos das necessidades da população haitiana.
Para executar este plano de dominação, a Minustah recebe cerca de 680 milhões de dólares por ano, dinheiro que deveria estar sendo investido na construção de moradias, escolas e hospitais; em saneamento básico; reconstrução dos sistemas de energia elétrica e na garantia de acesso à água potável para todos e todas.
Em Curitiba, localizada no estado brasileiro do Paraná, a população também sairá às ruas para realizar um ato público e uma panfletagem. A Jornada Internacional de Solidariedade e de Mobilização com os Trabalhadores e o Povo do Haiti acontece às 16h de hoje em Boca Maldita, centro de Curitiba, para exigir a soberania do povo haitiano e reforçar o pedido de retirada dos militares da região. A ação está sendo organizada por sindicatos, movimentos sociais e organizações de juventude.
Em Florianópolis, Santa Catarina (Brasil), o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual de Santa Catarina (Sintespe), o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Sintect) e o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também se engajaram na luta. Hoje, às 18h30, dentro de 11º Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os participantes vão realizar um ato como parte da Jornada.
Em São Paulo (Brasil), manifestantes vão ao gabinete da presidência (Avenida Paulista, 2153) para pedir que Dilma Roussef retire os soldados brasileiros do Haiti. Além disso, o Comitê de Acompanhamento e o Coletivo de Mobilização para a Indenização das Vítimas do Cólera, organizadores da Jornada de Solidariedade e Mobilização, também apresentarão como demandas a anulação total e incondicional de todas as dívidas do Haiti, o fim das políticas de ajuste estrutural, o pagamento, por parte da França, de 21 bilhões de dólares devidos à República do Haiti; o fim da Comissão Interina de Reconstrução do Haiti (CIRH), dirigida por Bill Clinton; e indenização para todas as vítimas da Minustah, a ser paga pela ONU.
No México, as manifestações, organizadas por sete movimentos e sindicatos, estão previstas para acontecer pela tarde em frente à embaixada dos Estados Unidos.
Contexto
Em novembro de 2011, mais de 600 representantes de organizações sindicais, políticas, sociais e comunitárias do Brasil e de mais seis países se reuniram em São Paulo, em uma manifestação continental. Neste encontro, os ativistas acordaram a criação de Comitê Continental pela Retirada Imediata das tropas da ONU do Haiti e a organização de uma Jornada Continental no dia 1º junho deste ano, data em que a Minustah completa oito anos de ocupação no país. Desde então, os apoiadores da iniciativa lutam pela saída dos militares da região.
A Minustah foi criada em 30 de abril de 2004 por meio de uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas com a intenção de restaurar a ordem no Haiti após um período de conflitos e da deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. A ‘missão de paz’ se instalou no país em 1º de junho de 2004 e permanece até hoje, mesmo sob a intensa recusa da população haitiana.
A Minustah é constituída por militares da Argentina, Benim, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Croácia, Equador, Espanha, França, Guatemala, Jordânia, Marrocos, Nepal, Paraguai, Peru, Filipinas, Sri Lanka, Estados Unidos e Uruguai.
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