Ação do Facebook cai quase 11% no segundo dia de Bolsa, a US$ 34,03

As ações do Facebook registraram forte desvalorização nesta segunda-feira (21), no segundo dia de negociação na Bolsa Nasdaq, após uma estreia com resultados “modestos” na sexta. Os papéis fecharam com queda de 10,99%, a US$ 34,03 –bem abaixo do preço de emissão na oferta pública inicial (IPO, em inglês), de US$ 38. Já era previsto […]

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As ações do Facebook registraram forte desvalorização nesta segunda-feira (21), no segundo dia de negociação na Bolsa Nasdaq, após uma estreia com resultados “modestos” na sexta.

Os papéis fecharam com queda de 10,99%, a US$ 34,03 –bem abaixo do preço de emissão na oferta pública inicial (IPO, em inglês), de US$ 38.

Já era previsto que os papéis poderiam enfrentar dificuldades esta semana se o Morgan Stanley, um dos bancos organizadores da emissão, deixasse de apoiá-las e os administradores de investimentos que estavam esperando por uma alta inicial antes de decidir comprar optassem por não entrar no mercado.

O Facebook na sexta-feira vendeu 421 milhões de ações, em uma transação que estabeleceu valor de mercado superior a US$ 100 bilhões para a companhia. Mas os investidores, que antecipavam um salto de preços no primeiro dia na verdade viram fechamento com apenas 0,6% de alta ante o valor de US$ 38,23 por ação da oferta pública inicial.

O enorme volume de pedidos causou problemas técnicos, que atrapalharam a festa de estreia da rede social na Nasdaq. Os ganhos ficaram bem abaixo das expectativas do mercado, que chegavam a falar em alta de até 50%.

O Morgan Stanley, um dos bancos organizadores da emissão, interveio em apoio à ação do Facebook quando a companhia caiu em direção aos US$ 38, pouco depois da abertura do mercado, disse uma fonte conhecedora da situação à Reuters. As ações passaram boa parte dos 60 minutos finais de operações da sexta-feira sendo negociadas perto do valor inicial; observadores estavam à espera de uma queda para US$ 37,99 ou menos, o que não aconteceu.

Mas o banco não manterá seu apoio à ação por prazo indefinido, disseram analistas, e quando seu poderio de fogo estiver ausente, os fundos que adquiriram ações como parte da oferta inicial com a esperança de uma alta imediata podem decidir abandoná-las.

Os bancos que subscrevem uma emissão na prática operam a descoberto com esses papéis -vendem no mercado ações que não possuem. Se as ações enfrentam problemas, como no caso do Facebook, o banco subscritor adquire mais ações ao preço de oferta inicial.

Caso o Morgan Stanley tivesse adquirido todas as ações à venda por cerca de US$ 38 nos 20 minutos finais do pregão, teria gasto quase dois bilhões de dólares. A porção de ações que o banco se reservou como forma de apoiar o Facebook em sua oferta inicial é de 63 milhões de ações. A US$ 38 por ação, isso equivale a US$ 2,4 bilhões que o banco tem reservados para a operação.

Em uma oferta pública inicial na qual a ação sobe significativamente, o banco subscritor em geral adquire sua cota de ações nos dias posteriores à abertura, propiciando alta adicional à companhia. Se o Morgan Stanley comprou US$ 2,4 bilhões em ações a descoberto para sustentar o preço, o Facebook deixará de arrecadar esse valor adicional ao da oferta pública.

Com informações da Reuters.

 

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