O universitário Aurillo Francine Duarte, de 22 anos, era tido pelos colegas de sala e pelos familiares como um estudante exemplar e com metas bem definidas para a sua vida profissional e pessoal.

Aurilo, conforme depoimento do irmão José Augusto Colman Duarte, estava matriculado em dois cursos superiores ao mesmo tempo. No período da tarde cursava o terceiro ano de Química na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e durante a noite fazia Farmácia na Unigran (Centro Universitário da Grande Dourados).

A família de Aurillo reside em Ponta Porã, enquanto ele permanecia em Dourados para estudar, conforme disse José Augusto, que cursa Zootecnia na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).

José Augusto disse que Aurillo dava aulas particulares de química para ajudar nas despesas para se manter em Dourados. A mãe dele, que é funcionária pública aposentada, pagava a mensalidade da faculdade.

“Meu irmão é um cara sensacional. É alegre e amigo de todo mundo e não merece este sofrimento”, disse José Augusto, que não vê a hora de ter o irmão de volta a Dourados, recuperado das queimadas, para animar as partidas de futebol, esporte que pratica, e as serestas nas repúblicas, onde cantava e tocava violão.

José Augusto afirmou que a sua família quer que justiça seja feita e que todos os fatos relativos à explosão sejam apurados com rigor, e que os danos causados aos dois estudantes sejam reparados.