Foi a 15 o número de mortos na Síria após forças de seguranças do governo abrirem fogo para dispersar uma manifestação em Kesua, perto de Damasco, nesta sexta-feira (24). A princípio, apenas uma morte havia sido confirmada.

Como todas as sextas-feiras, milhares de pessoas tomaram conta das ruas depois da oração muçulmana semanal para reclamar a queda do regime.

A polícia também disparou em Homs (centro), e matou um manifestante.

“As forças de segurança dispersaram violentamente os manifestantes, principalmente em Damasco”, afirmou o chefe do Observatório sírio de Direitos Humanos, Abdel Rahman, que também falou de prisões.

“Mais de 30 mil pessoas protestaram em Deir Ezor ( no leste do país), cerca de 10 mil marcharam pela região de Idleb (noroeste), e outras milhares por outras partes do país”, acrescentou.

A repressão do regime do presidente Bashar al-Assad contra a revolta popular que pede reformas deixou desde 15 de março mais de 1,3 mil civis mortos e mais de 10 mil detidos, segundo as ONGs sírias.

Protestos
“Diga ao mundo que Bashar (al-Assad) não tem legitimidade”, gritavam milhares de manifestantes no subúrbio de Irbin, na capital Damasco, informou uma testemunha por telefone, enquanto multidões gritavam ao fundo.

Nas cidades centrais de Homs e Hama, manifestantes gritavam “o povo quer a queda do regime”, enquanto em Deraa, berço do levante, manifestantes seguravam banners rejeitando as vagas promessas de diálogo feitas por Assad em um discurso nesta semana.