Cerca de 110 agentes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) começaram nesta sexta-feira (21) a vacinação antirrábica de 100 mil cachorros e 20 mi gatos em Campo Grande. O objetivo é imunizar ao menos 80% do total de animais, conforme determinação do Ministério da Saúde.

A médica veterinária do CCZ, Maria Aparecida Conche Cunha, informou que a campanha começa pelos bairros Jardim Noroeste e Nova Campo Grande. No Jardim Anache, onde foi detectado um caso de raiva canina no dia 11 de agosto passado, após 23 anos sem registros na Capital, haverá o reforço da vacina.

“Os animais de lá serão revacinados para reforço. A campanha será de casa a casa e esperamos que a população permita a vacinação dos animais, já que sabemos que existem morcegos contaminados com raiva na cidade, que foi a causa da raiva canina no Jardim Anache”, diz a veterinária.

A campanha serve também para continuar o trabalho do CCZ de recolher amostras de sangue, somente de cachorros, para exame de leishmaniose.

Casas fechadas

“Muitas casas estão fechadas nesta manhã. Quando isso acontece, deixamos um aviso dizendo que a equipe passou pelo local e que ficará no bairro por quatro dias. Com isso, quem não teve o animal vacinado não perde o prazo nem a oportunidade”, explicou o supervisor da área do Jardim Noroeste, José Maria.

Na casa da estudante  Itiana Ayala, mãe de Raiane, de 6 anos, na Rua Custódio, o cachorro Marlon foi vacinado e teve uma amostra de sangue levada pelo CCZ para análise de leishmaniose. Cego de um olho por conta de uma briga com gato, o cachorro vira-lata que é conhecido como “Veloz” nem se moveu ao ser vacinado.

A vacina deve ser anual e caso o dono do animal não permita que os agentes vacinem os gatos e cachorros, deverão levar os pets para imunização em clínicas veterinárias.