‘Um governo deve saber conviver com as críticas dos jornais’, diz Dilma

A presidente da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta segunda-feira (21), durante a comemoração dos 90 anos do jornal “Folha de S.Paulo”, a liberdade de imprensa. “Uma imprensa plural e investigativa é imprescindível para um país como o nosso. Um governo deve saber conviver com as críticas dos jornais para saber conviver com a democracia”, disse […]

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A presidente da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta segunda-feira (21), durante a comemoração dos 90 anos do jornal “Folha de S.Paulo”, a liberdade de imprensa. “Uma imprensa plural e investigativa é imprescindível para um país como o nosso. Um governo deve saber conviver com as críticas dos jornais para saber conviver com a democracia”, disse a presidente.

Dilma encerrou os discursos na cerimônia, que ocorreu na Sala São Paulo, na capital paulista. Ela chegou por volta de 21h, e alguns minutos depois o evento começou.

A presidente relembrou o período da ditadura, no qual chegou a ser presa, e afirmou que o país precisa “conviver de forma civilizada” com a liberdade de opinião.

“Quando saímos da ditadura, consagramos a liberdade de imprensa e rompemos com aquele passado, que tornou a censura pilar de atividade que afetou profundamente a imprensa brasileira. (…) O amadurecimento da consciência cívica faz com que tenhamos que conviver civilizadamente com diferentes opiniões. Ao comemorar os 90 anos do jornal, estamos celebrando a liberdade de imprensa no Brasil. (…) Reafirmo, nos 90 anos da ‘Folha de S.Paulo’, meu compromisso inabalável com a garantia plena das liberdades democráticas, entre elas, a liberdade de expressão.”

Ela encerrou o discurso, de cerca de 10 minutos, novamente falando da época da ditadura: “Reitero sempre que, no Brasil de hoje, nesse Brasil com democracia tão nova, todos devemos preferir os sons das vozes criticas ao silêncios das ditaduras.”

Outros presentes

Além da presidente, diversas autoridades compareceram ao evento, como o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, José Sarney, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB-SP), o atual governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), além de vários políticos e empresários.

Alckmin falou antes de Dilma e também defendeu a liberdade de imprensa: ”Nem sempre as relações entre imprensa e poder são harmoniosas. Que seja esse um bom conflito, a divergência dentro da convergência maior, a imprensa tem que ser livre. A expressão imprensa livre deveria ser considerada um pleonasmo. Imprensa só é se for livre.”

Antes da presidente e do governador de São Paulo, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM-SP), também discursou. Uma falha técnica na transmissão do evento impediu que a imprensa acompanhasse o teor do discurso. Os jornalistas estavam acompanhando de telão, quando a transmissão foi cortada. Depois, a imprensa foi liberada para entrar na sala do evento, mas Kassab já estava encerrando sua fala.

A abertura da cerimônia se deu com o discurso de representantes de diversas religiões discursando. A Orquestra Sinfônica de São Paulo encerrou o evento com uma apresentação.

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