Tribunal francês adia decisão sobre inquérito contra Lagarde

Um tribunal francês adiou para 4 de agosto a decisão de abrir ou não um inquérito sobre a participação da chefe do FMI, Christine Lagarde, no pagamento feito em 2008 por um banco estatal a um empresário amigo do presidente Nicolas Sarkozy em um acordo judicial, depois que um dos juízes decidiu se retirar do […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Um tribunal francês adiou para 4 de agosto a decisão de abrir ou não um inquérito sobre a participação da chefe do FMI, Christine Lagarde, no pagamento feito em 2008 por um banco estatal a um empresário amigo do presidente Nicolas Sarkozy em um acordo judicial, depois que um dos juízes decidiu se retirar do caso.

Um dos juízes no Tribunal de Justiça da República, um tribunal especial qualificado para julgar ministros, se declarou impedido de avaliar o caso, e um juiz substituto pediu mais tempo para se familiarizar com a questão, disse Gerard Palisse, porta-voz do tribunal.

“Um dos membros do painel nos informou tardiamente que ele teria de se declarar impedido”, disse Palisse a jornalistas no tribunal. “O painel portanto decidiu adiar a analise desse caso até quinta-feira, 4 de agosto.”

É a segunda vez que o tribunal posterga a decisão sobre se irá investigar Lagarde formalmente sobre uma questão que ameaça prejudicar o início de sua chefia no FMI se não for rapidamente resolvida.

Fontes jurídicas disseram à Reuters nesta semana que o tribunal provavelmente seguiria adiante com um inquérito sobre o possível abuso de autoridade de Lagarde, ao aprovar um pagamento de 285 milhões de euros a um empresário amigo do presidente Nicolas Sarkozy para resolver uma disputa de longa data com um banco estatal.

Lagarde, que foi ministra das Finanças francesa até assumir seu cargo no FMI nesta semana, negou veementemente as acusações.

Não há provas de que ela teria se beneficiado pessoalmente com o pagamento, mas uma investigação legal poderia ser constrangedora no momento em que o FMI tenta começar uma nova fase após a renúncia de Dominique Strauss-Kahn, seguindo uma acusação de crimes sexuais contra uma camareira de hotel em Nova York.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados