Tribunais se tornaram ‘terceiro turno das eleições’, diz governador cassado

Cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) e mantido no cargo por conta de uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governador José de Anchieta Júnior (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (14) que os tribunais se tornaram um terceiro turno” para candidatos derrotados em disputas que envolvem a reeleição. Anchieta Junior foi acusado pelo […]

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Cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) e mantido no cargo por conta de uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governador José de Anchieta Júnior (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (14) que os tribunais se tornaram um terceiro turno” para candidatos derrotados em disputas que envolvem a reeleição.

Anchieta Junior foi acusado pelo seu adversário no segundo turno da eleição para o governo do estado, Neudo Campos (PP), de usar a rádio Roraima, veículo do governo local, para fazer propaganda negativa contra ele.

“Criou-se, no processo de reeleição, um terceiro turno onde todos os candidatos derrotados partem para isso. [O Brasil] Precisa de uma reforma política para que uma eleição não se resolvesse, depois das urnas, no tapetão, de forma que a vontade das urnas fique desmerecida”, disse o governador tucano.

O julgamento do TRE na última sexta-feira (11) determinou que Campos fosse diplomado e ocupasse o cargo de governador já nesta segunda. Depois de obter no TSE uma liminar que o manteve no cargo, o governador falou sobre as acusações em entrevista ao G1.

Anchieta Júnior classificou como uma “decepção” o fato de ter sido o primeiro governador cassado do país após as eleições de 2010. Para ele, o objeto do processo na Justiça Eleitoral não é motivo para cassação.

“Minha campanha foi limpa. Não houve uso da máquina. A gente foi pego de surpresa pela decisão desse tribunal na sexta. Foi um grande sentimento de decepção. O objeto desse processo é fraco e não existe jurisprudência no TSE de cassação por conduta vedada, mas é um aprendizado, faz parte da vida”, declarou o governador tucano.

“É uma rádio do governo, mas vende espaço. Um radialista, no meio do primeiro turno, no furor do debate sobre a validade da ficha limpa, levantou o questionamento sobre políticos que respondiam a processos e disse que meu opositor era ficha suja. Não tenho nada com isso. Não dei entrevista”, continou Anchieta Júnior.

O então candidato do PP ao governo do Roraima, Neudo Campos, terminou o primeiro turno com 47,62% dos votos válidos e Anchieta Júnior que ficou com 45,02%. No segundo turno, em uma disputa apertada, Anchieta Júnior foi eleito com uma diferença de menos de 1% no total de votos em relação ao adversário do PP.

Contas

O governador de Roraima também rebateu críticas feitas por Campos em entrevista ao G1 na última sexta-feira (11). Neudo Campos afirmou que, se assumisse o cargo, iria auditar as contas do governo Anchieta Júnior e o acusou o adversário de fazer uma administração “perdulária”.

“Meu governo é um livro aberto. Passei três anos como governador e não respondo a nenhum processo.

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