Três Lagoas: Crimes sexuais aumentam em 38% em 2010

A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Três registrou um aumento de 38% nos crimes sexuais no ano de 2010. Neste ano já foram registrados dois estupros de vulnerável – quando as vítimas são menores de 14 anos – e uma tentativa. De acordo com a Delegada titular da DAM, Letícia Mobis, no ano […]

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A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Três registrou um aumento de 38% nos crimes sexuais no ano de 2010. Neste ano já foram registrados dois estupros de vulnerável – quando as vítimas são menores de 14 anos – e uma tentativa.

De acordo com a Delegada titular da DAM, Letícia Mobis, no ano passado foram registradas 45 casos de estupro de vulneráveis, 10 de não vulneráveis – quando a vítima é maior de 14 anos – e oito tentativas de estupro. “Também foram registrados no ano passado, 503 ocorrências de ameaças, 374 de lesões corporais e 233 de injuria”, relata a delegada.

Questionada sobre o aumento das ocorrências, Letícia explica que o fato se deve a mudança na lei. “Antes quando ocorria um crime sexual, era preciso a família da vítima ter a intenção de querer representar criminalmente contra o autor para que as medidas legais pudessem ser tomadas, e na maioria dos casos de violência sexual em Três Lagoas, o autor do crime é o pai, padrasto ou parente próximo da família, o que gera uma situação de constrangimento para os familiares. Então pela vergonha de expor as pessoas não representavam criminalmente contra o autor”, explica, dizendo que atualmente o sistema mudou. “Agora basta o abuso ter sido comprovado que já iniciamos os procedimentos legais e encaminhamento ao Ministério Público”, esclarece.

A delegada aproveita para lembrar a respeito do número de ocorrências de ameaça e injuria. “Notamos que as mulheres têm denunciado mais os crimes de palavras – quando não há a agressão física – elas tomaram consciência de que qualquer tipo de coação perante a lei é vista como um crime”, afirma. Ela ressalta que as mulheres têm se informado mais por meio dos trabalhos de conscientização que a DAM vem realizando. “Este ano continuaremos o trabalho de orientação voltado para as mulheres que não conhecem seus direitos, afim de que elas se conscientizem e denunciem se estiverem sofrendo algum tipo de agressão”, diz.

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