Os empregados brasileiros estão entre os mais engajados no trabalho, segundo uma pesquisa internacional que colocou os funcionários de empresas no país em terceiro em um ranking de 18 países.

A pesquisa, realizada pela consultoria ORC International, considera como engajado o empregado que fala bem da empresa e de seus produtos, tem interesse em continuar sendo parte da organização e em buscar seus objetivos e se esforça para ir além das expectativas básicas de sua função.

Em um índice de 0 a 100, o engajamento dos empregados brasileiros foi classificado em 64, atrás somente dos chineses (67) e indianos (74).

Segundo a ORC International, a pesquisa mostra o impacto que as mudanças econômicas globais vêm tendo sobre o ambiente de trabalho, já que os três primeiros do ranking são países com crescimento acelerado nos últimos anos.

No outro oposto, três das últimas cinco posições do ranking são ocupadas por economias desenvolvidas europeias (Grã-Bretanha, França e Espanha), e a última posição é ocupada pelo Japão.

“Sem dúvida os maiores beneficiários da crise econômica têm sido os grandes mercados emergentes. Enquanto os países com economias avançadas lutavam para manter o fluxo de capital por meio de seus sistemas financeiros prejudicados, economias emergentes como a China, a Índia e o Brasil estavam destinados a se adaptar e prosperar”, comentam os autores da pesquisa.

A China foi o país que mais se destacou no ranking deste ano, subindo sete posições em relação ao ano passado e tomando a segunda posição do Brasil.

Por outro lado, a Grã-Bretanha e a Austrália caíram quatro posições cada no ranking, ocupando respectivamente a 17ª e a 14ª posições.

Apesar do alto nível de engajamento geral medido pela ORC International entre os trabalhadores brasileiros, a pesquisa coloca o país apenas em 11º entre os 18 pesquisados quando é analisada somente a percepção sobre o ambiente de trabalho.

O país perdeu cinco posições no ranking sobre ambiente de trabalho entre 2010 e 2011. Segundo a consultoria, “se os índices nessa área continuarem a cair, a bolha do engajamento no Brasil pode estourar no futuro próximo”.

“Assim como os mercados emergentes e os níveis de crescimento rápido levaram à formação de bolhas perigosas na economia, o engajamento dos trabalhadores está longe de estar imune a essas tendências”, observa a pesquisa.