Tiroteio interrompe jogo de futebol no México

A partida entre  Santos Laguna e Monarcas Morelia, válida pela primeira divisão do Campeonato Mexicana, foi interrompida depois que um tiroteio foi ouvido no entorno do estádio Territorio Santos Modelo, na cidade de Torreón, na noite deste sábado. O confronto estava com 37 minutos do primeiro tempo. Logo que ouviram o som dos disparos, os […]

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A partida entre  Santos Laguna e Monarcas Morelia, válida pela primeira divisão do Campeonato Mexicana, foi interrompida depois que um tiroteio foi ouvido no entorno do estádio Territorio Santos Modelo, na cidade de Torreón, na noite deste sábado. O confronto estava com 37 minutos do primeiro tempo.

Logo que ouviram o som dos disparos, os jogadores das duas equipes foram rapidamente para os vestiários para se refugiarem. Os torcedores também correram pelo gramado em busca de um local mais seguro.

De acordo com o jornal mexicano El Universal, as autoridades informaram que um policial ficou ferido, mas a situação já teria sido controlada. As primeiras informações dão conta de que o tiroteio durou cerca de cinco minutos e começou depois que um carro não parou em uma barreira policial.

Pouco depois da confusão, o presidente do Santos Laguna, Alejandro Irarragorri, foi ao centro do gramado ao lado do goleiro Oswaldo Sánchez, para tentar acalmar o público. Com um microfone na mão, ele utilizou o sistema de som do estádio para dizer que o tiroteio havia parado, anunciou que não havia feridos dentro do estádio e disse que os torcedores poderiam ficar ali até ficarem tranquilos para deixarem o local.

Região é alvo de violência dos narcotraficantes
Localizada no estado de Coahuila – norte do México – a cidade de Torreón, onde estava sendo realizada a partida, sofre há alguns meses com uma onda de violência provocada por uma disputa entre cartéis que disputam o tráfico de drogas.

Em julho, oito cabeças humanas foram encontradas em uma estrada da região. As vítimas tinham entre 25 e 30 anos. Massacres deste tipo fazem parte de uma onda de violência ligada ao narcotráfico que afeta os estados de Durango e Coahuila, entre os quais os cartéis de Sinaloa, liderados pelo foragido Joaquín “El Chapo” Guzmán, e os “Zetas”, ex-militares da elite mexicanos que foram recrutados pelo narcotráfico nos anos 1990.

Em torno de 25.000 pessoas foram assassinadas desde dezembro de 2006 no México pelas mãos do crime organizado. Por ordem do presidente Felipe Calderón, mais de 50.000 militares no país foram convocados para combater os criminosos.

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