Herói do empate com o Botafogo, por 2 a 2, no Engenhão, o meia Rivaldo cobrou uma vaga entre os titulares do São Paulo. Aos 39 anos, ele mostrou neste domingo que ainda é importante e decisivo. Marcou quase no fim do jogo o gol que evitou a derrota da equipe paulista e recebeu cumprimentos de vários companheiros de time.

“Acho que tem que me deixar (ser titular) primeiro. O treinador tem que me colocar para jogar os 90 minutos para ver até onde eu vou”, afirmou o apoiador, em entrevista à TV Bandeirantes, logo após o apito final.

Ele comentou ainda que o futebol brasileiro é diferente do praticado no Usbequistão, onde defendeu o Bunyodkor, seu ex-clube, mas afirmou que lá “jogou mais de 80 partidas” o tempo inteiro. “Aqui não estou tendo essa oportunidade. Só joguei na estreia, mas tenho condições de jogar os 90 minutos”, reclamou, sem citar o nome do técnico Adilson Batista.

Na entrevista coletiva, logo depois do empate com sabor de vitória, Adilson Batista não garantiu que o experiente apoiador será titular contra o Flamengo, domingo, no Morumbi.

“Rivaldo é meu titular. Tem de parar com essa cultura de quem começa a jogar é titular”, alegou o treinador. Ele ressaltou que o elenco são-paulino é forte e que o meia tem muito valor para o time.

“Ele é um jogador importante, inteligente e conto com ele. O Rivaldo sabe da sua qualidade.” Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa em 1999, Rivaldo já passou por Palmeiras, Barcelona, Cruzeiro, Milan, entre outros clubes, e foi um dos principais nomes da seleção na Copa de 2002, na Coréia do Sul e no Japão. Na ocasião, ele ajudou o Brasil a conquistar o quinto título mundial.