Tarifas consomem 11% da receita das empresas aéreas no Brasil

As empresas aéreas destinam 11% das suas receitas anuais para pagar taxas aeroportuárias. A informação é da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). Segundo os dados mais recentes da entidade, essas taxas somam cerca de US$ 42 bilhões ao ano. Os dados foram apresentados hoje pelo gerente geral da Iata Brasil, Filipe Reis, durante a […]

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As empresas aéreas destinam 11% das suas receitas anuais para pagar taxas aeroportuárias. A informação é da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). Segundo os dados mais recentes da entidade, essas taxas somam cerca de US$ 42 bilhões ao ano. Os dados foram apresentados hoje pelo gerente geral da Iata Brasil, Filipe Reis, durante a conferência Aeroinvest, em São Paulo.

Reis demonstrou preocupação com relação ao risco de as taxas aeroportuárias subirem após a privatização dos aeroportos no Brasil. Ele citou casos internacionais onde isso ocorreu. Segundo ele, na Inglaterra, por exemplo, as taxas subiram 50% nos primeiros cinco anos após a privatização, entre 2003 e 2008, e devem subir mais 50% até 2013. No aeroporto de Atenas, o executivo da Iata disse que as tarifas subiram 500% desde a privatização.

Outra ressalva feita por Reis foi com relação à independência do órgão regulador do setor. “Há conflito de interesse se o governo continua mantendo participação nos aeroportos e é quem define o órgão regulador”, afirma. No Brasil, o governo federal anunciou que a Empresa Brasileira de InfraEstrutura Aeroportuária (Infraero) poderá ter participação de até 49% nas concessões dos aeroportos.

A Iata também defende que todos os investimentos feitos em aeroportos sejam discutidos com as empresas aéreas. “Somos contra, por exemplo, construir de uma única vez um terminal cuja capacidade plena será atingida em 20 anos. Defendemos que esses investimentos sejam feitos de acordo com a necessidade, gradativamente”, diz Reis.

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