Superávit deverá atingir 3% do PIB em 2011, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (16) que o superávit fiscal primário se mantém robusto no país desde 1999, à exceção de 2009 devido à crise financeira internacional. O superávit, segundo ele, deverá atingir 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. O ministro participou do 23º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro […]
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (16) que o superávit fiscal primário se mantém robusto no país desde 1999, à exceção de 2009 devido à crise financeira internacional. O superávit, segundo ele, deverá atingir 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011.
O ministro participou do 23º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro , e afirmou ainda que a solidez fiscal é uma condição fundamental para o Brasil crescer a longo prazo. “Os países que poderão continuar a ter um crescimento sustentado ao longo do tempo são países que têm solidez fiscal”.
Para o ministro, o Brasil se encaixa entre os países mais dinâmicos, cujo crescimento médio do PIB tem ficado acima de 4% nos últimos quatro anos. De 2007 a 2010, o PIB brasileiro cresceu 4,6%, enquanto os Estados Unidos, o Japão, Canadá e México mostraram aumento médio do PIB abaixo de 2%, no período.
Segundo Mantega, a previsão é que os Estados Unidos cresçam em torno de 2,8% este ano. No sentido inverso, a tendência é manter o patamar de aumento do PIB acima de 4% nos países asiáticos, na Rússia e África. No Brasil, a projeção é crescer 4,5%. Ele prevê que, daqui para frente, o país terá taxa média de 5% para os próximos anos.
“O Brasil reúne condições básicas para um crescimento sustentado”, afirmou o ministro. O Brasil se alinha entre as nações que apresentam as melhores condições fiscais. O déficit fiscal nominal do país deverá atingir, este ano, 1,9%, “o que nos dá uma condição fiscal sólida, principalmente no contexto do conjunto dos países”.
Guido Mantega afirmou que uma das qualidades do Brasil que garantem o crescimento de longo prazo é a constituição de um mercado de massa, a partir da inclusão social, e ao aumento do emprego. Um dos dados que comprovam isso, disse o ministro, é o crescimento do comércio varejista que atingiu 10,9% no ano passado e deverá superar 9,5% este ano. Quando se agregam automóveis e material de construção, o comércio apresenta expansão de 12,2%, com projeção de alcançar 10,2% em 2011. “O mercado consumidor vai continuar estimulando o crescimento econômico”, afirmou.
Ele destacou também a importância da manutenção do investimento em patamar elevado para que o Brasil possa exercer a liderança mundial nos próximos anos, junto com a China e Índia. O investimento, disse, deve crescer mais do que o PIB. Mantega afirmou que o Brasil, após um recuo em 2009, já está de novo com uma trajetória do investimento em torno de 10%. “É fundamental manter o estímulo ao investimento, que ocorre por meio de vários mecanismos, principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financia os investimentos de longo prazo”.
O ministro da Fazenda ressaltou ainda a robustez do setor financeiro nacional. O Brasil é o segundo país do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que apresenta o maior volume de ativos financeiros, com R$ 1,7 trilhão. O primeiro é a China, com R$ 6,98 trilhões. No período de 2005 a 2010, os ativos dos bancos brasileiros cresceram 317%, superando a Rússia, com 244%, e a China, com 100%. Ele avaliou também que o crescimento do mercado de capitais é importante para manter os investimentos no país.
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