Simone Tebet transfere título para Campo Grande e pode disputar Prefeitura

A vice-governadora Simone Tebet (PMDB), na sexta-feira (7), transferiu seu domicílio eleitoral para Campo Grande, obedecendo ao prazo legal aos que pretendem concorrer nas próximas eleições, sem oferecer qualquer explicação aos dirigentes do Partido, surpreendidos com a informação. Com a candidatura do deputado federal Edson Giroto (PMDB) à prefeitura de Campo Grande, sacramenta…

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A vice-governadora Simone Tebet (PMDB), na sexta-feira (7), transferiu seu domicílio eleitoral para Campo Grande, obedecendo ao prazo legal aos que pretendem concorrer nas próximas eleições, sem oferecer qualquer explicação aos dirigentes do Partido, surpreendidos com a informação.

Com a candidatura do deputado federal Edson Giroto (PMDB) à prefeitura de Campo Grande, sacramentada pelo governador André Puccinelli, mesmo que sob o discurso de desempenho nas pesquisas, não há porque se pensar que Simone possa entrar na corrida eleitoral compondo a chapa como vice-prefeita, na tentativa de atrair a aceitação que o candidato não obtém nas ruas.

O presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento, informado sob a transferência de domicílio, se mostrou surpreso e não acredita que haja uma orquestração política para fazer Simone candidata ao executivo da Capital.

“Se estiver confirmada a intenção da vice-governadora postular a vaga para candidata, acho que é um direito justo dela. Ela teve um contingente de votos significativos na capital, e é muito querida pela população”, disse Esacheu.

Ainda, disse desconhecer qualquer linha de apoio. “O partido dispõe de bons nomes, mas uma candidatura vai além do desejo do Partido, por vezes é uma disposição pessoal”, enfatizou.

Simone, que está em viagem aos Estados Unidos com a família, retorna na terça-feira (18), quando estará em São Paulo, reunida com empresários. Sua chegada a Campo Grande está marcada para quarta-feira (19). Sua assessoria não estava informada da transferência de domicílio.

Se não há o que esconder, por que esconder?

A dúvida que percorre o ambiente da política é: quais são os reais motivos da transferência, no apagar das luzes do prazo legal para o registro de candidaturas para as eleições de 2012?

Nesse horizonte, a hipótese mais provável é lançar seu nome para a pesquisa exigida pelos postulantes, roubando pontos preciosos do presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Paulo Siuffi, do vice-prefeito Edil Albuquerque e do deputado Federal Henrique Mandetta, todos, de certa forma, ligados ao prefeito Nelson Trad Filho. Assim, formariam uma segunda frente os pré-candidatos, vice-governadora Simone Tebet, deputado federal Edson Giroto e o secretário Carlos Marun, de fortes ligações com o governador.

Estabelecidas as duas frentes, o resultado da pesquisa por grupos e não por candidatos, salvaria a arquitetura política desenhada por André, e colocaria Giroto definitivamente candidato, com amplo apoio. De outra forma, como confiar nos índices apresentados pelo ex-secretário de Obras do governador, que é desconhecido dos eleitores conforme apontam pesquisas anteriores.

Observando este horizonte conforme desenhado no momento, difícil antever que a vice-governadora pleiteie a vice prefeitura para alavancar a candidatura Giroto. Simone aprendeu com seu pai, ex-senador Ramez Tebet que os caminhos políticos devem ser anteriormente traçados e muito bem sedimentados para que suportem as alterações que se interpõem. E esses caminhos passam por vice governadoria, governadora durante afastamento de André pela campanha ao Senado, governadora.

 

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