Silagem é alternativa para alimentar gado durante a seca
A silagem está sendo a alternativa para garantir a auto-suficiência na produção leiteira durante a seca, principalmente no próximo inverno, nas pequenas propriedades rurais dos assentamentos de Corumbá. Com apoio da Prefeitura Municipal, os produtores estão iniciando a formação de pastagem para garantir alimento do rebanho bovino. A parceria foi estabelecida em 2007 e, na […]
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A silagem está sendo a alternativa para garantir a auto-suficiência na produção leiteira durante a seca, principalmente no próximo inverno, nas pequenas propriedades rurais dos assentamentos de Corumbá. Com apoio da Prefeitura Municipal, os produtores estão iniciando a formação de pastagem para garantir alimento do rebanho bovino. A parceria foi estabelecida em 2007 e, na semana passada, o Município realizou a entrega de sementes de milheto e braquiária para o plantio de 48 hectares de pasto, que será utilizado no processo.
A distribuição de sementes faz parte do Programa Municipal de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Pantaleite). A entrega foi comandada pela presidente da Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, Luciene Deová, na propriedade do presidente da Associação dos Produtores Rurais dos Assentamentos de Corumbá (APRAC), Adão Fernandes Santana, 49 anos, no assentamento Taquaral, Agrovila II, lote 249. Foram atendidos 48 pequenos produtores, 20 dos quais receberam sementes de milheto e braquiária para plantio consorciado e outros 28 somente de braquiária.
O agrônomo Luis Auri Pereira, técnico da Prefeitura, ressaltou que o sistema tem obtido ótimo resultado nas propriedades localizadas nos assentamentos existentes na região de fronteira com a Bolívia. “Eles estão recebendo a semente agora. O plantio será em seguida e, em 90 dias, ocorrerá a colheita para que possamos iniciar o processo de silagem”, explicou, lembrando que o milheto está substituindo o sorgo, por ser mais resistente na estiagem, com rebrota mais rápida e capacidade de produção de dois anos, além de ser mais aceito pelo animal.
Luis Auri vem acompanhando o processo de silagem nos últimos três anos nos assentamentos de Corumbá e a avaliação dos resultados é positiva. Conforme ele, há casos de produtores rurais que já conseguiram armazenar até 35 toneladas em um único período, como aconteceu na propriedade rural de José Dílson de Jesus Vieira, 36 anos, proprietário do lote 169, no Taquaral. “Passei o inverno engordando o gado e até aumentei a produção de leite no período”, revelou.
O feito ocorreu no primeiro ano de silagem. O produtor plantou sorgo e milho e aproveitou outros tipos de forrageiras para fortalecer a alimentação do gado. “Vou fazer o mesmo este ano e a minha expectativa e conseguir armazenar maior quantidade ainda de alimentos para atender o gado”, enfatizou. Ele é proprietário de 60 cabeças e quer incrementar ainda mais a produção leiteira. O presidente da APRAC também está otimista com o plantio. “A silagem foi o que me segurou nos dois anos anteriores”, lembrou, já planejando uma produção maior para aumentar o rebanho bovino.
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