Servidores do Hospital Regional reclamam de reenquadramento sem capacitação

Funcionários que trabalhavam na limpeza e estão sendo realocadas reclamam que estão sendo reenquadrados sem nenhum tipo de capacitação.

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Funcionários que trabalhavam na limpeza e estão sendo realocadas reclamam que estão sendo reenquadrados sem nenhum tipo de capacitação.

Funcionários do Hospital Regional Rosa Pedrossian que trabalhavam na limpeza e que estão sendo realocadas para a área administrativa reclamam que apesar da oportunidade de crescimento eles estão sendo reenquadrados sem que nenhum curso de capacitação tenha sido feito.

Uma servidora do hospital, que prefere não se identificar, contou que há cerca de quatro meses foi feita uma lista com o nome dos funcionários que pretendiam participar de capacitações para a nova função, entretanto os cursos ficaram apenas no papel.

O diretor geral do Hospital Regional, Ronaldo Perches Queiroz, explicou que os funcionários estão sendo reenquadrados conforme perfil de cada um. Segundo ele, todos os servidores que trabalhavam na limpeza passaram por uma seleção, com entrevistas individuais, onde foi traçado o perfil do funcionário e feito o remanejamento. “Isso é um up grade na vida deles. É um crescimento profissional”, disse Perches.

Ainda segundo o diretor, o reenquadramento é legal e está previsto no Plano de Cargo e Carreira do Hospital.

O reenquadramento está sendo feito após a terceirização dos serviços de limpeza pela empresa Vyga pelo valor de R$ 570 mil ao mês.

O presidente do Sintss (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul) Alexandre Costa confirma que o processo de realocação é legal, pois os funcionários estão sendo remanejados de acordo com sua escolaridade, mas questiona porque não foi aberto um novo concurso para contratação de pessoal.

Costa defende que seja aberto concurso e não licitações para terceirizar o serviço. “Esse governo quer terceirizar tudo”, disse.

Ele ainda disse que a terceirização vem precarizar o trabalho no hospital, pois acredita que as pessoas não estão preparadas para fazer esse tipo de trabalho. “Não sei se estão qualificados para trabalhar em hospital. Limpar um hospital não é como limpar um supermercado”, compara.

Além disso, o presidente do Sintss questiona o valor pago pelo serviço. Segundo ele, o valor do contrato pago à empresa é maior do que se fosse aberto o concurso para contratação de pessoal na área.

Questionado sobre isso, o governador André Puccinelli (PMDB), que esteve no HR nesta manhã para assinar um termo de cooperação entre a Fundação Serviços de Saúde (Funsau) e a Secretaria de Estado de Administração (SAD) disse que a licitação é um processo legítimo e que tudo foi feito dentro da legalidade. Além disso, ele afirmou que a terceirização não vai onerar o Estado.

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