Servente de pedreiro sobrevive a 20 golpes de faca desferidos por assaltantes

Facadas atigiram órgãos importantes como o pulmão e o rim da vítima, que ficou internada por nove; ladrões queriam levar sua motocicleta

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Facadas atigiram órgãos importantes como o pulmão e o rim da vítima, que ficou internada por nove; ladrões queriam levar sua motocicleta

O servente de pedreiro João Paulo Belarde Silva, 19 anos, ficou internado na Santa Casa de Campo Grande por nove dias depois de levar 20 facadas, na madrugada do dia 15 de dezembro. Ele foi vítima de assalto, mas como a motocicleta de interesse dos bandidos não estava na casa, recebeu os golpes que atingiram várias partes do corpo, inclusive rins e pulmão.

O rapaz só não morreu por hemorragia porque um vizinho levantou de madrugada, por volta das 4h30, para recolher roupas do varal pois começava a chover. Neste momento escutou os pedidos de socorro de João Paulo.

“Quando o vizinho escutou meus gritos veio e abriu a janela. Foi aí que os caras correram. Se tivesse entrado pela porta da frente ia dar de cara com eles”, diz o rapaz que ainda tem muitas cicatrizes pelo corpo.

O rapaz foi atendido por socorristas do Serviço Móvel de Urgência (Samu) e o médico identificou 20 perfurações. João Paulo diz não saber os motivos do crime, mas tudo leva a crer que a dupla sabia da existência da motocicleta, pois já chegaram exigindo a entrega do veículo.

Segundo relato do rapaz à polícia, os dois homens invadiram a casa, que fica no Jardim Noroeste, e disseram que queriam a moto, porém a motocicleta não estava na residência no momento. A casa que João morava não tem muro, por isso ele deixava o veículo na residência do vizinho.

Percebendo que a moto realmente não estava na casa de João, um deles então disse: “Vamos te matar”. Enquanto um dos assaltantes roubava o que encontrou de valor, o outro segurava a vítima e desferia os golpes. Depois disto fugiram levando pertences de menor valor como celular, roupas, chaves, documentos pessoais e da moto.

Recuperado, João Paulo foi até a central de identificação para fazer a segunda via dos documentos pessoais. “Na hora pensei que ia morrer, mas agora estou tranquilo porque meus vizinhos ficaram indignados com o que eles fizeram comigo e também estão tentando identificar estes dois”, diz.

João trabalha como servente de pedreiro e usa a moto para se deslocar de casa para o serviço. Segundo ele, esta foi a primeira vez que sofreu um assalto. Ele deixou a casa que foi esfaqueado e agora mora com a mãe em um bairo próximo. “Foi a primeira vez e foi deste jeito tão violento”, diz.

O caso está sob a investigação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf).

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