A senadora Marisa Serrano participou nesta sexta-feira (11) da reunião que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, fez com o governador André Puccinelli, prefeitos sul-mato-grossenses e a bancada federal, em Campo Grande, para discutir ações de combate às enchentes que vem atingindo o Estado nas últimas semanas. Para Marisa, “o ministro mostrou-se sensibilizado com a situação e prometeu a liberar recursos para atendimento emergencial dos municípios atingidos pelas chuvas”.

Para a senadora, os R$ 5 milhões prometidos a serem liberados na próxima segunda-feira (14/03) para atender as populações atingidas com os estragos provocados pelas chuvas em várias cidades do Estado “são modestos, mas é um sinal de que o governo federal está preocupado com a situação”. Ela reafirmou que engrossará as reivindicações políticas para agilizar medidas que aliviem a situação dos municípios mais prejudicados.

De acordo com a senadora, a reunião que o ministro Fernando Bezerra fez na Base Aérea de Campo Grande com a classe política de Mato Grosso do Sul foi importante porque trouxe informações realistas sobre o atual quadro financeiro da União. Segundo ela, a Defesa Civil está comprometida com mais de R$ 1 bilhão de restos a pagar do governo Lula, o que limita o campo de ação para executar trabalhos que atendam a necessidade emergencial das populações atingidas.

“É uma situação complexa, que mostra claramente que o governo passado foi imprevidente com os gastos públicos, prometendo mais do que podia”, criticou.

De acordo com Marisa o ministro disse aos prefeitos durante a reunião que os recursos disponíveis pela Defesa Civil disponíveis são de R$ 780 milhões para todo o País, valor considerado pequeno diante da grandeza das necessidades.

Para ela, o relato de Fernando Bezerra mostrou que a herança recebida pelo Governo Dilma “é extremamente limitante diante das demandas apresentadas pelos prefeitos e governadores que estão enfrentando os problemas do excesso de chuvas deste começo de ano”.

No final do encontro, a senadora afirmou que os problemas de Mato Grosso do Sul podem ser divididos em três pontos: a questão das cheias dos rios que atingem a população ribeirinha, a questão das estradas vicinais que estão intransitáveis (impedindo o escoamento da produção agropecuária) e a questão perda da safra de soja, que, segundo técnicos da Famasul, poderá chegar a 30% em todo o Estado.

Para Marisa, os prefeitos dos municípios mais atingidos também mostraram-se preocupados com a perda dos pequenos produtores, visto que isso gera efeito cascata que atinge toda a população, provocando escassez e elevação dos preços de produtos alimentícios básicos. Para ela, sem ações coordenadas e efetivas o quadro tenderá a se agravar, principalmente se as chuvas continuarem intensas e diárias como vem ocorrendo.