A Mesa Diretora do Senado aprovou nesta terça-feira um pedido de informações ao ministro da Educação, Fernando Haddad, sobre a suposta contratação de uma empresa de fachada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Contudo, houve confusão em torno de qual ministro havia sido solicitado a prestar informações, pois o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) informou erroneamente o nome do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para que explicasse por escrito suas atividades de consultoria antes de assumir a pasta.

A informação foi posteriormente corrigida pelo autor do requerimento, Alvaro Dias (PSDB-PR), e pela secretária-geral da Mesa Diretora do Senado Federal, Cláudia Lyra. Assim, Haddad terá 30 dias para esclarecer a contratação da Jeta Soluções e Serviços em Tecnologia da Informação Ltda, suspeita de ser uma empresa fictícia, em um processo de licitação para serviços de segurança na internet.

De acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense , o Inep teria contratado para prestar serviços de segurança da informação na internet uma empresa registrada em nome de músicos sertanejos.

Segundo reportagens publicadas pela imprensa, Pimentel teria recebido R$ 2 milhões pelas consultorias prestadas por sua empresa. Pimentel argumenta que o valor é menor do que o informado e compatível com a remuneração do mercado para executivos. A mídia também divulgou que uma das empresas que contrataram a consultoria do atual ministro manteve contratos com a prefeitura da capital mineira quando Pimentel era prefeito, e que ele teria recebido por palestras que não deu. Informações divulgadas pela imprensa geraram suspeitas de tráfico de influência que levaram Antonio Palocci a deixar em junho o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, após a divulgação de dados relacionados a sua empresa de consultoria.

Na ocasião, Pimentel negou-se a divulgar a relação de clientes para os quais prestou serviços antes de assumir a Casa Civil. Desde o início do governo Dilma, sete ministros já deixaram os cargos, seis deles em meio a denúncias de irregularidades.

Com informações da Reuters.