A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está mobilizando os distritos sanitários para a realização de atividades referentes ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose (TB): 24 de março.

Por intermédio de uma ONG internacional, o Programa Municipal de Controle da Tuberculose conseguiu a impressão de vinte mil abanicos com informações sobre os sintomas da tuberculose e hanseníase. Estes abanicos serão distribuídos nas unidades básicas de saúde (UBS).

O Programa de Controle da Tuberculose foi implantado em 56 unidades de saúde do município. A rede pública oferece o exame para detectar a doença (denominado exame de escarro) e o tratamento, constituído por um conjunto de medicamentos que devem ser tomados pelo paciente por um período de seis meses.

“Registramos em Campo Grande um abandono altíssimo do tratamento, de 13.40%, quando o Ministério da Saúde aceita um percentual de 5% de abandono do tratamento pelos portadores da tuberculose pulmonar”, alertou Sueli Diório de Almeida, gerente técnica dos programas de Controle da Tuberculose e Hanseníase da Sesau.

Uma das causas do problema, segundo Sueli, é a dificuldade de adesão dos pacientes ao tratamento. Por conta disso, o Ministério da Saúde preconizou uma iniciativa, que já foi implantada pela Sesau, na qual os profissionais de saúde vão até a casa dos doentes para ver se estão tomando os medicamentos. É o chamado tratamento diretamente observado.

Estatística – Em 2010, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 101 casos novos de tuberculose pulmonar. “Nossa expectativa era de notificar, no ano passado, 300 casos novos da doença, considerando a estimativa de que um por cento da população é constituída de sintomáticos respiratórios”, observou a gerente do Programa de Controle da Tuberculose.

O percentual de cura preconizado pelo Ministério da Saúde para a tuberculose é de 85% dos casos. Em Campo Grande, o índice de cura alcançado foi de 72.16%, sendo que, em 2010, o percentual de mortes provocadas pela doença chegou a 4.12%.