Conhecido internacionalmente como Cidade Maravilhosa, o completa hoje (1º) 446 anos. Para garantir uma comemoração digna de um dos principais cartões-postais do país, foram programadas diversas atrações que prometem levar alegria e diversão a moradores e turistas ao longo do dia.

Na histórica Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, zona norte, que foi residência da família Real entre os anos de 1808 e 1889, haverá shows gratuitos, a partir das 18h, com Martinho da Vila, Paralamas do Sucesso, Monobloco e a banda Calçadão Carioca. Os artistas prepararam um repertório especial em homenagem à cidade.

Na Cinelândia, que foi palco de algumas das manifestações políticas mais importantes da história do Brasil, o público poderá assistir a um grande show comemorativo, com três atrações especiais, no palco montado na Praça Marechal Floriano. A celebração começa às 12h, com o grupo de choro Os Matutos, da Portátil de Música. Em seguida, a partir das 13h30, é a vez da cantora Luiza Dionízio, subir ao palco. Para encerrar a festa, a Orquestra Tabajara se apresenta a partir das 18h.

Ainda como parte da comemoração, o Cristo Redentor, que conquistou o título de uma das novas Sete Maravilhas do Mundo, ganhará um moderno sistema de iluminação, com controle informatizado de comando e de iluminação à distância, e 300 novos projetores em tecnologia LED. O novo sistema oferece o dobro da luminosidade, gastando apenas um quarto da .

A estátua, que é um dos pontos turísticos mais visitados na cidade, também celebra seu 80º aniversário.

O aposentado Eliseu Pereira de Araújo nasceu em Garanhuns, Pernambuco, mas se considera um carioca por opção. Aos 83 anos de idade, ele lembra que se mudou há 50 anos com a família, em busca de melhores condições. E diz que não se arrependeu do que conquistou na nova terra.

“O Rio me recebeu de braços abertos. Foi aqui que construí tudo o que tenho hoje e, principalmente, onde vi minha família crescer. Sou muito grato a essa cidade, que tanto amo”, afirmou.

O Rio de Janeiro também foi a capital federal antes da inauguração de Brasília, em 1960.

O carioca Eli de Freitas, de 54 anos, conta que teve algumas oportunidades de viver em outros locais do país por conta do trabalho no ramo de autopeças, mas nunca aceitou as mudanças e se considera um carioca fiel à sua terra.

“Mesmo quando a minha empresa estava montando escritório em outras cidades e era preciso passar semanas nesses locais, longe de casa e da família, mantinha minha base no Rio. Nunca tive coragem de abrir mão do estilo de vida e da alegria contagiante da cidade, que tem problemas como qualquer outra grande metrópole, mas não perde nunca seu encanto”, ressaltou.

Conhecida também como terra do samba, do futebol e das belas praias, o Rio de Janeiro foi invadido em 1555 por franceses, que tinham a intenção de fundar uma colônia. Eles construíram o Forte Coligny em uma ilha, mas acabaram sendo expulsos pelos portugueses, organizados em uma expedição com essa finalidade. Dez anos mais tarde, veio a fundação oficial da cidade, quando o navegador português Estácio de Sá chegou nessas terras.

Acreditando que a Baía de Guanabara era um rio, ele desembarcou na praia entre o Pão de Açúcar e o Morro Cara de Cão, no atual bairro da Urca. No dia seguinte, em 1º de março de 1565, ele fundou oficialmente a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, uma cidade que até hoje é cheia de encantos e contrastes, mas que, certamente, guarda uma enorme riqueza cultural e abriga um povo considerado feliz e criativo.