Restos mortais são encontrados em meio a aterro de obra pública em Corumbá
Ossos humanos, restos de caixão e vestimentas misturados em meio ao aterro usado nas obras da praça do bairro Cristo Redentor. Segundo o líder comunitário do bairro Aeroporto e presidente do PHS (Partido Humanista da Solidariedade), Augusto Amaral, conhecido como “Buxexa”, que denunciou o caso ao Ministério Público Federal, os moradores do Cristo Redentor comunicaram […]
Ossos humanos, restos de caixão e vestimentas misturados em meio ao aterro usado nas obras da praça do bairro Cristo Redentor. Segundo o líder comunitário do bairro Aeroporto e presidente do PHS (Partido Humanista da Solidariedade), Augusto Amaral, conhecido como “Buxexa”, que denunciou o caso ao Ministério Público Federal, os moradores do Cristo Redentor comunicaram o fato à ele há cerca de três dias, depois de estranharem o mau cheiro no local.
“Como sou líder comunitário do bairro Aeroporto, fui chamado para ver o que estava acontecendo. Quando me aproximei perto de um monte de terra que tinha aquele forte cheiro, a gente presenciou uma situação deplorável: ossadas, pedaço de fêmur, pedaço de crânio, pedaços de caixão, roupas de defuntos, placas de jazigos”, relatou Buxexa, que registrou as cenas em fotos e vídeos, apresentados ao Ministério Público Federal.
“Imediatamente, comunicamos ao Ministério Público, ao Dr. Carlos Prolla Júnior, que designou prontamente técnicos para que averiguassem o local”, contou ao Diário, afirmando que retornou no mesmo dia, no período da tarde, e flagrou processo contrário que o intrigou.
“Por volta das 16 horas, voltei à praça e vi a Prefeitura com vários caminhões, com pá carregadeira, retirando o material que havia sido armazenado. Com uma moto segui os caminhões e eles foram para a área do cemitério Nelson Chamma, devolvendo o aterro”, disse. Buxexa, que irá protocolar formalmente a denúncia ao Ministério Público Federal, cobra providências imediatas em relação ao caso.
“Como líder comunitário, pretendo com essa denúncia, chamar a atenção das autoridades competentes. O caso requer uma investigação imediata porque isso é um descaso com a população, até porque são muitas pessoas de baixo poder aquisitivo que só podem aguardar uma providência por meio da Justiça”, disse ao afirmar que também encaminhará uma cópia da denúncia apresentada ao Ministério Público Federal para o Ministério Público Estadual.
O líder comunitário ainda disse que a obra foi licitada pela Prefeitura e que por isso os serviços não poderiam estar sendo realizados com maquinário público, como ele flagrou nesta terça-feira, 23 de agosto.
Apuração
A reportagem do Diário procurou o secretário de Infraestrutura de Corumbá, Ricardo Ametlla, que disse que a Prefeitura Municipal está abrindo procedimento administrativo para apurar o caso. “O Poder Público, através da Secretaria de Infraestrutura, está abrindo um procedimento interno para apurar o porquê, como e quem são os responsáveis por esses ossos humanos e vestes foram parar na praça”, afirmou ao explicar como funciona o processo de exumação no Nelson Chamma.
“Por força de sua criação e lei, o cemitério Nelson Chamma não tem jazigo perpétuo, ou seja, a cada cinco anos, nós temos que executar a exumação dos corpos. A Secretaria tem um procedimento que consiste na convocação dos familiares para acompanhar a exumação. Os restos mortais são colocados em sacos apropriados e, por sua vez, depositados em gavetas existentes dentro do próprio Nelson Chamma. Se a família, optar, pode trazer e depositar no ossuário do cemitério Santa Cruz. Os restos não mortais, que são restos de caixão, vestimentas, são destinados ao aterro controlado na forma de lixo hospitalar”, disse.
Ele afirmou que o aterro colocado na praça não foi retirado do cemitério, entretanto, diz mais uma vez que, somente a investigação interna, apontará as razões pelas quais os restos mortais foram encontrados na praça. “Fiz uma vistoria in loco e o material que dizem que foi retirado do cemitério não é fato. Foi retirado de uma área próxima ao cemitério. Surge novamente a pergunta: por que é que tinham restos de osso nessa área ao lado do cemitério? Em nenhum momento, se tirou terra do cemitério Nelson Chamma”, disse ao afirmar que, assim que recebeu a informação do fato, determinou que nenhum aterro, seja da praça ou da área próxima ao cemitério fossem removidas a fim de que não atrapalhem as investigações.
Com relação ao uso de maquinário da Secretaria de Infraestrutura na obra licitada e cuja vencedora foi uma empresa privada, ele detalhou. “É uma obra do PAC I, ela foi licitada e contratada, a vencedora foi a empresa ARTT Engenharia que rescindiu o contrato com a Prefeitura por interesse próprio. Essa rescisão contratual foi devidamente publicada e estamos procedendo uma nova licitação para a contratação de uma nova firma e, em nenhum momento, tanto no contrato que foi rescindido como nesse que há de ocorrer, o serviço de terraplanagem foi contratado. Nessa obra, especificamente, ele será feito, exclusivamente, pela Prefeitura, por isso nossas máquinas foram vistas trabalhando”, falou.
Ametlla encerrou a entrevista afirmando que a documentação da obra da praça do bairro Cristo Redentor está à disposição do Ministério Público para averiguações e que cobrará rapidez no procedimento interno que irá apurar a presença de ossadas humanas no aterro, a fim de que uma resposta seja dada à população e às instituições públicas, mas não definiu uma data.
Quem quiser informações sobre familiares enterrados no Nelson Chamma, deve procurar a administração do cemitério ou a Superintendência de Serviços Urbanos do município.
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