O deputado Barros Munhoz (PSDB), reeleito presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, afirmou durante a cerimônia realizada na tarde desta terça-feira (15) que é inocente das acusações de desvio de dinheiro. As denúncias foram publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo” na semana passada.

Segundo a reportagem, Munhoz responde a um processo sigiloso por suspeita de participar do desvio de R$ 3,1 milhões da Prefeitura de Itapira, no interior de São Paulo, na época em que era prefeito da cidade. O deputado disse estar “sendo alvo da atuação de maus promotores, que denigrem a imagem de instituição tão importante que é o Ministério Público”. Segundo o deputado, a ação nem sequer foi recebida pela Justiça.

“A presunção de inocência não é coisa que está apenas na Constituição brasileira, ela é uma conquista da humanidade”, afirmou. “Ultimamente fui acusado de uma série de irregularidades bárbaras. Mas isso é coisa passada, não é a minha primeira pedra a ser transposta. Óbvio que me senti ferido, porque todos aqui têm o que tenho: honra. E nada dói mais do que quando a honra é atingida”, disse ele, durante o discurso.

Procurada, a assessoria de imprensa da Promotoria informou que não irá se pronunciar a respeito das afirmações do deputado. A assessoria acrescentou que o processo corre em sigilo e que nenhum detalhe pode ser revelado.

A eleição de Munhoz aconteceu após um acordo entre PT e PSDB. Em troca da permanência do tucano, o PT garantiu o cargo na 1ª secretaria, que será ocupada pelo deputado Rui Falcão. Também concorreram à presidência da Casa os deputados Olímpio Gomes (PDT) e Carlos Giannazi (PSOL). O parlamentar precisava de 48 votos, em eleição nominal e aberta. Ele recebeu 92 votos.