Rede de esgoto vaza e danifica ruas em Corumbá
A Sanesul foi notificada pela Prefeitura de Corumbá para solucionar os “minadouros” de água pelas ruas da cidade. O problema é nos chamados Poços de Visita (PVs), que são aquelas caixas redondas com tampas de ferro, encontradas em vias pavimentadas ou não, usadas para inspeção e manutenção do sistema. Vistoria das equipes técnicas da Secretaria […]
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A Sanesul foi notificada pela Prefeitura de Corumbá para solucionar os “minadouros” de água pelas ruas da cidade. O problema é nos chamados Poços de Visita (PVs), que são aquelas caixas redondas com tampas de ferro, encontradas em vias pavimentadas ou não, usadas para inspeção e manutenção do sistema. Vistoria das equipes técnicas da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos constatou que em diversos pontos do município, a água está “brotando” junto a esses PVs. “Observamos no período de maiores precipitações no nosso município que alguns Poços de Visitas da rede de esgotamento estavam pegando a água do subsolo e aflorando. Nossos técnicos detectaram isso em diversos pontos, principalmente onde está passando a rede de esgotamento”, disse o secretário.
Ricardo Ametlla, titular da Secretaria de Infraestrutura, explicou que esses poços deveriam ser impermeabilizados o que evitaria que a água dos lençóis freáticos (curso d’água subterrâneo que se encontra em pressão normal e que se formou em profundidade relativamente pequena) infiltrasse e vazasse para o pavimento. “Deveriam ser impermeabilizados para não acontecer esse afloramento da água através deles. Não estando devidamente impermeabilizados, ele pega essa água do lençol freático, que é uma água natural, limpa e aflora para a superfície. Essa água escorrendo constantemente sobre o pavimento vai deteriorando-o”, explicou Ametlla.
Tão logo identificou as irregularidades, a Prefeitura encaminhou notificações para a empresa de saneamento do governo do Estado, para que tome as medidas necessárias para estancar os vazamentos. O Município teme que num futuro próximo, quando a rede de esgoto estiver concluída e funcionando, um novo “vazamento” cause um problema que afete a saúde pública.
“Se a linha de esgotamento sanitário estiver em uso e houver a influência do lençol freático junto a essa rede, teremos uma situação de saúde pública. Porque não será somente água aflorando, mas água contaminada com todo tipo de dejeto”, observou Ametlla. Antes, é necessário esperar que o nível do lençol freático baixe para que as intervenções possam ser feitas pela Sanesul.
De acordo com o secretário, a localização de alguns pontos problemáticos foi encaminhada para a Sanesul, responsável pelos poços, para que execute as ações de recuperação o mais rápido possível. “É prudente e necessário que a empresa de saneamento faça vistoria geral em todos esses PVs para que nos próximos períodos de chuva, o lençol freático não possa interferir no esgotamento sanitário”, argumentou ao complementar que aguarda um posicionamento da companhia.
“Vamos aguardar o encaminhamento que a Sanesul dará, não havendo posicionamento, manifestação formal, teremos que tomar medidas cabíveis. Somos o poder concedente dos serviços de água e esgoto e não podemos nos omitir”, afirmou Ricardo Ametlla a este Diário.
Outro lado
O gerente regional da Sanesul, Sérgio Philbois, explicou ao Diário que todo o problema será solucionado com a conclusão das obras de esgotamento sanitário. “Essa água da chuva ainda não está ligada à rede de tratamento de esgoto. Houve uma chuva atípica e o nível do lençol freático se elevou e criou essa situação, muito em função da elevação dos terrenos, para que a água extravasasse pela tampa. Não há contaminação”, disse.
Ainda segundo o gerente, “quando houver a rede [de esgotamento sanitário] essa água que extravasa vai descer para a rede de tratamento. Não será problema sanitário e não terá contaminação”, garantiu. Philbois disse que recebeu as notificações do Executivo e argumentou que as intervenções aguardam a redução do nível dos lençóis freáticos.
Problema se espalha pela cidade e danifica asfalto
Só para exemplificar alguns pontos, este Diário constatou o problema nas ruas Rio Grande do Sul (bairro Popular Nova); Goiás com Gonçalves Dias (Aeroporto); Goiás com Monte Castelo (Aeroporto) e Marechal Floriano com Paraná (Popular Nova). Nesses locais, o minadouro é constante e parte do asfalto foi completamente danificado. Na Marechal Floriano com Paraná a sarjeta foi destruída e deu espaço a uma mini cachoeira.
Na rua Rio Grande do Sul, a poucos metros do Anel Viário, o asfalto – que era praticamente um tapete – já não existe mais em volta do chamado Poço de Visita da Sanesul. A via é extremamente movimentada e condutores de carros; motos; ônibus e caminhões que passam por ali são obrigados a passar lentamente pela buraqueira fazendo ziguezague ou trafegar pelo acostamento, também em baixa velocidade.
O problema no bairro Aeroporto vem comprometendo a pavimentação da rua Gonçalves Dias, uma via emblemática no que tange a asfaltamento e que demorou décadas para ser adequadamente pavimentada. Ali, bem na esquina da rua Goiás, onde o tráfego pesado de caminhões é constante, é outro exemplo do que os minadouros de água dos PVs podem causar. O asfalto deteriorou por completo e a água vai descendo para o trecho não pavimentado da Goiás, causando o maior lamaçal.
Continuando na Goiás, uma quadra acima, na esquina com a Monte Castelo, o asfalto ainda não se esfarelou, mas o perigo ronda condutores; ciclistas e pedestres. Uma dessas caixas para manutenção está sem a tampa e lotada de água, que segue escorrendo lentamente pela via. Uma dessas caixas para manutenção está sem a tampa e lotada de água, que segue escorrendo lentamente pela via.
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