Recorde: Placar da vida chega aos 10 dias sem mortes no trânsito de Campo Grande

Com o décimo dia sem registrar nenhuma morte no trânsito, a cidade bateu o recorde do Placar da Vida.

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Com o décimo dia sem registrar nenhuma morte no trânsito, a cidade bateu o recorde do Placar da Vida.

O secretário municipal de Transporte e Trânsito, Rudel Trindade, disse nesta sexta-feira (26), durante o desfile de homenagem ao aniversário de Campo Grande, que a capital sul-mato-grossense tem um motivo a mais para comemorar. Com o décimo dia sem registrar nenhuma morte no trânsito, a cidade bateu o recorde do Placar da Vida.

A contagem, que começou com a inauguração do placar, em 11 de maio de 2011, registra os dias de vidas salvas no trânsito de Campo Grande. Toda vez que alguém morre no local de um acidente, ou em decorrência de um acidente de trânsito, num período de até 30 dias de internação, o número é zerado.

Em mais de três meses de operação, é a primeira vez que o Placar chega aos dez dias sem nenhuma morte registrada. O programa, que faz parte das ações adotadas por Campo Grande para participar da “Década de Ação de Segurança no Trânsito”, fez a população perceber como é violento o trânsito campo-grandense.

Além disso, apesar de todas as campanhas em andamento, o maior fator de diminuição da violência não depende das autoridades de trânsito. Toda vez que a temperatura abaixa, menos pessoas morrem nas ruas de Campo Grande. O recorde anterior, que era de 7 dias, foi atingido no começo de julho, quando outra frente fria havia atingido a cidade.

Frio: Menos motos e menos bêbados

A explicação é a diminuição do número de motociclistas nas ruas. Somente em agosto, de 10 pessoas que morreram, sete estavam em motos. Em julho, das 13 mortes, 9 foram de motociclistas.

Os motociclistas são as principais vítimas do trânsito em Campo Grande, mas também são apontados como maiores causadores da violência. Com o tempo de frio intenso que se manteve na capital nos últimos dias, houve uma diminuição natural na quantia de motos circulando. O fato pode explicar os dez dias sem mortes.

“Não adianta a gente querer negar, porque realmente os colegas abusam mesmo e acabam morrendo igual mosca nas ruas dessa cidade”, admite o motoentregador Luciano de Oliveira, de 28 anos. Segundo ele, são raras as semanas nas quais não tem pelo menos um conhecido que anda de moto envolvido em acidentes.

“O frio segura mais as motos em casa. Sai mesmo quem é profissional e depende da motocicleta para sobreviver, dai é um pessoal mais consciente, que não anda correndo igual louco. Talvez isso explique a diminuição das mortes com o frio’, analisa.

Além disso, no frio, menos pessoas consomem cerveja fora de casa, diminuindo também o número de bêbados conduzindo.

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