PT diz que recusa ‘cargos decorativos’ se convidado para compor nova direção da AL-MS

Deputados de oposição se reúnem para debater eleição da Mesa Diretora na semana que vem; lançar candidato é um assunto a ser tratado

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Deputados de oposição se reúnem para debater eleição da Mesa Diretora na semana que vem; lançar candidato é um assunto a ser tratado

Os deputados petistas devem se reunir na próxima semana para discutir os rumos da bancada na Assembleia Legislativa. A informação é dos deputados reeleitos Paulo Duarte e Pedro Kemp. Em conversa, eles decidiram chamar os eleitos Laerte Tetila e Cabo Almi para debater o papel deles durante o próximo período legislativo.

“Vamos começar fazendo um encontro entre os petistas para cada um se posicionar sobre o futuro mandato e como será nosso posicionamento na Assembleia”, apontou Paulo Duarte. Segundo o deputado – terceiro mais votado nas últimas eleições – uma dos principais assuntos, será a composição da mesa diretora. Até agora, comenta-se na Assembleia que o atual presidente, o deputado Jerson Domingos, do PMDB, deva ser reconduzido ao cargo.

Com o mandado da atual vencendo no próximo dia 31 de janeiro, oposição e situação já abrem o debate sobre o assunto. “Temos que discutir isso e vamos chamar nossos colegas de oposição para saber qual a opinião deles e de qual rumo tomar para essa composição”, aponta o petista em relação aos colegas de coligação, Alcides Bernal (PP), Felipe Orro (PDT) e George Takimoto (PDT).

“A grande questão é decidir se vamos lançar chapa, candidatura avulsa a cargos importante ou aceitar uma composição geral”, aponta Duarte, frisando que “não é possível fazer nada de maneira isolada”.

Consenso sem “figuração”

Pedro Kemp, que durante essa gestão foi vice-presidente da mesa concorda com o colega, mas tanto ele quanto Duarte alegam que não vão aceitar “cargo decorativo”.

“Depende que consenso é esse, por exemplo, o que existiu na eleição passada para o PT não significou muito. Apesar da vice-presidência, foi algo sem atribuições. É preciso consenso dentro de um quadro onde os cargos da mesa, tenham funções. Hoje, com todo respeito, tirando o presidente e o 1º secretário, os outros cargos são quase que decorativos”, analisa Paulo Duarte.

Kemp concorda. “Nós já tivemos uma primeira conversa, agora é preciso que tenham também visão da importância da oposição, é preciso que o debate esteja aberto, aliás, essa disputa é necessária já que há anos a composição de consenso e a disputa é salutar para a democracia”, entende o deputado petista.

Se de um lado, Paulo Duarte não se coloca como candidato, Kemp já colocou o nome à disposição para disputar a presidência da casa. Porém, ambos concordam que o poder na assembleia legislativa atualmente é muito acentuado.

“Eu em particular defendo a descentralização deste poder, até porque saímos de um ano onde várias denúncias deixaram a população cobrando uma resposta dos deputados”, aponta Kemp sobre os escândalos envolvendo o ex-deputado estadual Ary Rigo (PSDB) que em vídeo contou intempéries de um suposto mensalão envolvendo os poderes executivo, legislativo e judiciário.

 

Conteúdos relacionados