O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que as alianças que o partido vai fechar para as eleições municipais de 2012 devem ser acertadas a partir do começo do ano que vem.

Na noite desta sexta-feira (2), militantes do PSB estiveram reunidos em um congresso nacional do partido, em Brasília, que também vai escolher a nova direção do partido. A eleição será neste sábado e deve manter Campos no comando da legenda.

“O PSB vai fazer um congresso que vai escolher uma nova direção, a quem caberá definir a política de alianças do partido para 2012. O debate deverá ser feito no início do ano e deveremos continuar a fazer aliança com os partidos que tradicionalmente o PSB tem alianças”, afirmou.

O congresso do partido reuniu, além de lideranças do próprio PSB, o presidente da Câmara dos Deputados e presidente da República em exercício, Marco Maia, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e o presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão. O petista reforçou que os dois partidos integram o mesmo projeto.

“Se isso ainda for possível [estar mais juntos]l, de estarmos tão juntos, queremos estar cada vez mais juntos porque somos parte do mesmo projeto nacional””, disse Falcão.

2014
Campos foi um dos mais aplaudidos do evento, sendo aclamado pela juventude da legenda como possível candidato à presidência do Brasil nas eleições de 2014. O governador não quis comentar os gritos da juventude.

Defensor da candidatura própria do partido para a Presidência, o ex-ministro Ciro Gomes, elogiou Campos, mas afirmou que tem mais “experiência” que o governador para uma futura disputa à Presidência.

“O Eduardo é um grande quadro, decente, trabalhador, inteligente e mais do que tudo, um bom amigo para mim. Ele tem todos os dotes para isso [concorrer à Presidência], só não tem a experiência que eu tenho”, disse.

Lula e Dilma
Em seu discurso, Eduardo Campos pediu aos militantes “um gesto de carinho” em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em tratamento contra um câncer. Os militantes aplaudiram e gritaram o nome de Lula.

Campos ainda reforçou que o apoio do partido ao governo “não é por troca de cargos”. “Presidente Dilma, pode continuar contando com nossa solidariedade como o presidente Lula sempre contou”.