O Projeto “Os Sons do Museu”, do Museu da Imagem e do Som (MIS), promove hoje (22), às 14h, um debate sobre a identidade musical de Mato Grosso do Sul. O evento será realizado no Memorial da Cultura e Cidadania, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, 3º andar, centro de Campo Grande.

“Não entraremos no aspecto dos direitos autorais, pois isso cabe ao jurídico. Porém discutiremos sobre o que é válido catalogar em um museu, ou seja, os produtos oficiais criados por nossos artistas, tanto a nível regional quanto nacional”, explica o pesquisador Carlos Luz, que conduzirá o debate.

No encontro será feito um apanhado geral sobre os diferentes ritmos que embalam e caracterizam o musical sul-mato-grossense. A abordagem irá desde artistas consagrados como Délio e Delinha até os contemporâneos como O Bando do Velho Jack.

No caso do estilo sertanejo de raiz que exerce forte influência na cultura regional, está prevista uma visita mediada da “Exposição Audiovisual os Pioneiros – a origem da de Mato Grosso do Sul”. A mostra é baseada no livro homônimo de Rodrigo Teixeira, financiado pelo Fundo de Investimentos Culturais (FIC).

A trilha sonora utilizada na exposição integra o projeto “Memória Fonográfica de MS”, idealizado pelos pesquisadores Carlos Luz e Idemar Sprandel, criadores do Kit de Difusão Musical da FCMS. Os dois mantêm juntos uma coleção repleta de LPs e CDs de todas as vertentes musicais de Mato Grosso do Sul. O acervo soma um total de 30 mil músicas catalogadas. As obras datam desde a década de 1950 até os dias atuais.

O projeto “Os Sons do Museu” também conta o detalhamento de todo o processo de catalogação das obras: pesquisa, preservação dos CDs e LPs, e digitalização das canções.

A intenção é conscientizar a população da importância de se conhecer e preservar a música produzida no Estado. “Nossa intenção é preservar o acervo físico e disponibilizá-lo digitalmente para a população. Não adianta você ter um acervo e isso ficar guardado”, ressalta Carlos.

“Os Sons do Museu” faz parte da agenda do MIS para o mês de junho, e tem como público-alvo toda a comunidade. Segundo o coordenador do MIS, Rodolfo Ikeda, a programação foi preparada na intenção de fortalecer a identidade cultural da sociedade. Para isso serão explorados os recursos que o audiovisual propicia, combinados às atividades educativas.