A prefeitura de Campo Grande espera a conclusão do inquérito policial contra o professor D.M. 46, preso no último dia 4 deste mês, acusado de ter abusado de uma criança de 11 anos no mês de setembro do ano passado.

Após a conclusão do inquérito, a prefeitura abrirá processo administrativo em relação ao professor que estava em estágio probatório em 2010.

Crime

De acordo com a polícia, o crime ocorreu no último dia 10 de setembro por volta das 11h30. Na ocasião, o professor de Língua Portuguesa ordenou que o aluno permanecesse na sala após o término da aula com a desculpa de que o menino não havia terminado a tarefa. Depois, fechou as cortinas, ameaçou o aluno com um revólver o obrigou a criança a fazer sexo oral.

“Ele pode ter feito isso com outras crianças”. Em relação a uma possível desconfiança, de o aluno ficar em sala de aula após o término do horário a mãe diz que “uma vez chegou a desconfiar, pois a orientadora falava que ele sempre passava mal na aula de português”.

A família estranhou o comportamento do garoto, porém só tomou conhecimento do crime no último dia 23 de janeiro. A mãe acredita que os abusos tenham ocorrido por diversas vezes.

“Ele agora acha que ninguém gosta dele, meu marido não consegue mais trabalhar, achei que meu filho estava seguro na escola”.

Após o abuso, D.M. ainda teria ameaçado a criança de morte por três vezes. Posteriormente a mãe da criança transferiu o filho para outra escola. “O professor foi lá ameaçar meu filho de morte, ficava lá fora esperando”, conta.

“Mudou de escola, mudou de casa, meu filho não tem mais vontade de viver”.

Investigações

D. na época era professor de português em estágio probatório. Porém ele já trabalhava na escola desde 2008 como orientador. De acordo com a delegada da DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção a Criança e Adolescente), Aline Sinnott Lopes, ele nega o crime.

O acusado foi preso ás 6h desta sexta (4), em sua casa em Campo Grande. Por causa do comportamento do filho, os pais procuraram o S.O.S. Criança e no dia 23 de janeiro a Polícia Civil foi comunicada.

O problema foi que na época a criança não quis falar e nem fazer os exames. Após uma semana com acompanhamento psicológico, foi levantado o nome do autor e posteriormente pedida a prisão temporária.

Os laudos com exames psicológicos e psiquiátricos estão prontos e provam que houve sexo oral, a polícia não sabe ao certo se foi somente uma vez que ocorreu o crime.

Segundo a delegada, outras crianças já foram ouvidas. A polícia pede para que se mais alguém foi vítima do professor que entre em contato com a DEPCA.

D.M. foi transferido para um das celas Defurv (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos). Ele responderá por estupro de vulnerável e pode pegar pena de 8 a 15 anos de prisão.