Prefeito reafirma que não admite aumento na tarifa do transporte coletivo neste ano

“Os empresários vão ter que por a mão no bolso. Dessa vez não vai ter conversa. Tem uma regra, que me foi apresentada em Brasília. Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, disse Nelsinho Trad.

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“Os empresários vão ter que por a mão no bolso. Dessa vez não vai ter conversa. Tem uma regra, que me foi apresentada em Brasília. Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, disse Nelsinho Trad.

O ultimato do prefeito Nelsinho Trad, que tem repetido a decisão de não autorizar aumento na tarifa do transporte coletivo em Campo Grande, não desencorajou a Assetur (Associação das Empresas Concessionárias do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) a protocolar, na última terça-feira (9) um ofício supostamente pedindo o reajuste.

A assessoria de comunicação das empresas não afirma nem nega a protocolação do pedido e diz que a entidade não vai se manifestar sobre o assunto. 

Nesta quarta-feira (10), porém, o procurador-geral do município, Ernesto Borges, e o diretor da Agetran, Rudel Trindade, se reuniram para discutir a questão e nem a possibilidade de rompimento do contrato e início de novo processo de licitação para concessão do setor estaria descartada. 

Recentemente, o prefeito afirmou que não autorizará nenhum tipo de aumento no custo do transporte coletivo cobrado dos usuários. “Os empresários vão ter que por a mão no bolso. Dessa vez não vai ter conversa. Tem uma regra, que me foi apresentada em Brasília. Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, alertou. 

O suposto ofício solicitando um aumento no preço da tarifa estaria levando em conta os custos que as empresas devem ter para arcar com a adequação da frota às normas federais do PAC Mobilidade, do Ministério das Cidades. As condições foram impostas como condição para liberação de recursos na ordem de R$ 280 milhões para melhorias na estrutura de transporte e trânsito de Campo Grande. 

As empresas computam nas planilhas que apresentam para pedir os aumentos custos fixos, como o combustível, pneus, mão-de-obra e compra de veículos. Em entrevista ao Midiamax no dia 29 do mês passado, o prefeito Nelsinho Trad disse que já tinha sido dado o ultimato para as empresas e declarou: “não se aumenta a tarifa e nem se perde esse recurso”. 

Por meio da assessoria, a Prefeitura informou que por enquanto trata o assunto como especulação e prometeu se manifestar oficialmente assim que houver um posicionamento.

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