torcida do Inter perdeu de vez uma paciência que vem ficando mais curta com o passar do tempo. No Gre-Nal deste domingo, os colorados vaiaram o time no intervalo, com o empate parcial por 1 a 1, mantiveram a bronca nas substituições, com resmungos para cima de D’Alessandro, e desabaram em protestos no final da partida, revoltados com a postura do time, especialmente com o segundo gol do Grêmio, aos 40 segundos da etapa final, em um repeteco do que havia acontecido na derrota de 2 a 1 para o Peñarol. Boa parte dos torcedores não gostou da postura do time.
Mas o Inter nega que tenha faltado pegada na derrota de 3 a 2 para o Grêmio. Falcão diz que seus atletas deram tudo que podiam no duelo com o rival, mas observou que a forte sequência de jogos pode ter pesado.
– Acho que os jogadores correram dentro das condições que eles tinham. Esse gol dos 40 segundos deu uma amassada. (…) Mas não acredito que tenha faltado garra. Eles deram o possível em termos de entrega. Se eles deram 80% nesse jogo, eram 100%, por essa sequência de jogos.
Tinga diz que faltar garra é inaceitável. Ele não acredita que isso tenha acontecido, mas admite desatenção em parte do jogo.
– Relaxar em um clássico não pode acontecer. É como uma guerra. Ninguém vai para uma guerra relaxado. Em clássico, tem que ter sempre o olho arregalado. Talvez, em alguns segundos, não aconteceu, e isso nos prejudicou duas vezes na semana. Mas é um todo, é o time todo. As críticas têm que ser assimiladas e divididas com todos – comentou o jogador.
A derrota de 3 a 2 complicou a vida do Inter na decisão do Gauchão. Agora, para levantar a taça, o Colorado precisa vencer o Grêmio por dois gols de diferença no próximo domingo, no Olímpico.